_______________Narrado por Yury
Cordeiro_______________
Recebi a mensagem do
Kléber com o número da Brunna. Salvei o número dela e depois agradeci meu primo
pela mensagem.
Disquei o número da
Brunna e deixei chamando e na primeira tentativa ela não atendeu. Tentei na
segunda, e logo no primeiro toque ela atendeu
Brunna: Yury?- ela perguntou
Yury: Oi Bru, sou eu
sim- confirmei
Brunna: Oi. O que foi?- ela perguntou
Yury: Eu queria
conversar
Brunna: Conversar Yury? Conversar o que?- ela
perguntou
Yury: Sobre nós dois-
respondi
Brunna: Não tem nós dois Yury- ela gritou-. Acho que ligou errado. Era para ligar para a
Giselle né? Vocês sim estão juntos
Yury: Não, a gente não
tá- falei a verdade-. A gente ficou algumas vezes e acabamos achando que era
algo mais sério. Mas terminamos para não ficar iludindo um ao outro- expliquei
Brunna: Então vocês não tão...
Yury: A gente não tá
namorando- completei o que ela ia dizer
Brunna: Mas e daí? Não tem mais nós dois esqueceu?
Yury, evita me machucar mais tá?
Yury: Brunna espera
eu...
Brunna: Boa noite Yury- ela desligou a chamada
Joguei o celular na
cama com raiva. Eu precisava conversar com ela, ver ela, ter ela... eu sentia
saudades dela comigo.
Fui mesmo um idiota
naquela vez, mas eu não sabia o que eu realmente queria. Mas eu não ia deixar
passar essa noite. Peguei meu celular, a chave do carro e sai do meu
apartamento. Peguei o elevador e fui até a garagem. Entrei no meu Camaro Preto,
sai do prédio e fui em direção à casa da Brunna. Eu podia não conseguir nada,
mas pelo menos eu tentei
Parei o carro em
frente a casa dela. Sai dele, o tranquei, e fui até portão dela. Apertei a
campainha e veio a empregada da casa atender. Ela ainda aqui essa hora?-
perguntei para mim mesmo
Eu: É-é...- gaguejei-
A Brunna tá em casa?- perguntei. Apesar de saber que ela estava
Empregada: Sim está-
ela respondeu
Eu: Pode chamar ela?
Eu sou primo do Kléber- expliquei
Empregada: Ah sim- ela
sorriu-. Eu vou chama-la
Eu: Obrigado- ela
deixou o portão encostado e entrou para a casa denovo
Ainda bem que eu vim
com um casaco, tá ventando demais. Fiquei esperando a Brunna ali na frente, e
depois de alguns minutos ela abriu o portão.
Ela tava com um casaco de manga comprida e um shortinho de dormir curto
Brunna: Yury?- ela
ficou surpresa
Yury: Eu vim aqui...
Não vou mais tentar esconder- comecei a cantar uma musica- / dessa vez prefiro dizer / olhando
nos olhos / abrindo o meu mundo pra
você... / tudo o que eu não falei-
eu olhava para ela
Brunna: Yury para- ela
deu um sorriso de lado
Yury: Tá- dei um
sorriso
Brunna: O que você
quer Yury?- ela perguntou
Yury: Olha Brunna eu
fui um idiota naquela vez, mas apesar de tudo, de ter brigado contigo, de ter
me afastado de você- ela cruzou os braços- mas aqui dentro- apontei para o meu
coração- eu a amo. Eu a amo muito
Brunna: Yury para- ela
resmungou
Yury: Eu não consigo
esquecer tudo o que eu vivi com você...
Brunna: Nem eu- ela
sussurrou
Yury: Não esquece?-
perguntei
Brunna: Você foi a
primeira pessoa que eu acho que realmente acabei me apaixonando de verdade. E
você estragou tudo...
Yury: Me desculpa por
ser um idiota
Brunna: Yury, ninguém
é perfeito... mas eu guardei os momentos bons- ela sorriu
Yury: Eu também
lembro- sorri
Brunna: É... Yury- ela
limpou uma lágrima que tava começando a cair e suspirou- eu acho melhor você ir
embora
Yury: Tem certeza?-
perguntei
Brunna: Não...- ela
deu um sorriso de lado
Yury: Tudo bem então,
eu vou. A gente se vê Brunna- dei as costas
Não ouvi o portão
fechar. Com certeza ela ainda tava ali, me olhando. Peguei a chave, destravei o
carro e abri a porta. Quando coloquei um pé nele ouvi ela me chamar pelo meu
nome
Brunna: Yury- ela
gritou-. Yury- olhei para ela
Yury: Que?- sai do
carro e o fechei
Brunna: Yury- ela veio
até mim. Fui também em sua direção
Eu: O que houve Bru?-
perguntei
Brunna: Eu sinto falta
de ouvir sua voz nas manhãs...
Eu: E...?- fiquei
encarando ela
Brunna: Sinto medo de
não existir, de não sermos mais nós dois
Eu: Mas você não disse
que não existia mais nós dois? Que tinha acabado?- agora eu tava dando uma de difícil
Brunna: Yury cala
boca- ela se aproximou de mim-. Como você disse aqui dentro, existe- ela pegou
minha mão e colocou por cima do seu peito, perto do coração- sempre existiu-
senti seus batimentos. Estavam rápidos e fortes
Eu: O que é isso?
Brunna: É o que você
faz comigo, você me deixa assim- ela olhava em meus olhos
Eu: Então existe ainda
nós dois? Amanhã você não vai dizer “Nós dois? Não existe mais nós dois”, né?-
imitei a voz dela
Brunna: Ai, cala boca
e vem cá- ela me puxou e me deu um beijo
Ficamos se beijando
ali, do lado de fora, na rua. Coloquei meus braços envolta da sua cintura e ela
parou o beijo com um selinho.
Eu: Bru...- encarei ela
Brunna: “Shiiu”- ela
colocou o dedo na minha boca-. Fala nada não- ela sorriu-. Quer entrar?- ela
perguntou
Eu: Olha só, você vai
acabar achando que eu só quero ficar mais uma vez com você
Brunna: Y-U-R-Y- ela
gritou- eu já sei que você me ama e eu acredito nisso tá bom? Eu sempre
acreditei, só me fiz de difícil sabe- ela me encarou- tinha que me valorizar-
ela passou a mão pelo corpo
Eu: Brunna...
Brunna: Que foi?- ela
me encarou
Eu: Não me provoca-
dei um sorriso malicioso
Brunna: Eu já to te provocando,
te esperando faz tempo- ela sorriu-. Então, aquele papo de entrar... não aceito
“não” como resposta
Eu: Nem tava nas
minhas opções- dei um passo a frente e colei meu corpo no seu-. Tava com muitas
saudades minha linda- coloquei minhas mãos em sua cintura e a beijei
Deixamos o beijo e
momento nos possuir e entramos juntos no quintal. Ela fechou o portão durante o
beijo.
Eu: Brunna- a cada
palavra eu dava um selinho nela- e... os... seus... pais?- perguntei
Brunna: Eles não
estão- ela alisou meu rosto-. Por isso a empregada ainda ficou aqui
Eu: E não vai ter
problema não?- perguntei
Brunna: Yury- ela me
encarou- você perguntando se vai ter problema fazer sexo?
Eu: Não é isso Brunna,
eu só qu...
Brunna: Blá blá blá
Yury- andamos pelo quintal em direção à entrada da casa dela- tem problema não
meu lindo- ela abriu a porta e entramos
Yury: Saudades dessa
casa- comentei
Brunna: Da casa toda
ou só do meu quarto?- ela perguntou e me encarou
Yury: Não me complica
Brunna- dei uma risada e a empregada da casa apareceu
Brunna: Oi Lulu- esse
era o apelido dela-. Meus pais disseram que horas voltavam?- ela perguntou
Lulu: Eles disseram
que até uma meia-noite, no máximo meia-noite e meia voltavam
Brunna: Atá- ela ficou
pensando-. O Yury vai ficar aqui hoje- ela me olhou e lançou um sorriso
Lulu: Tudo bem. Eu
arrumo o quarto de hóspedes?- ela perguntou
Brunna: Não, ele vai
ficar no sofá- ela me olhou denovo prendendo o riso
Lulu: Ok- ela saiu e
foi para a cozinha da casa
Eu: Eu vou?- perguntei
Brunna: Calma, só para
ela não entender outras coisas- ela deu uma risada
Eu: Atá- ela se
aproximou, ficou na ponta do pé e me deu um selinho
Brunna: Quer ir para o
quarto?- ela perguntou
Eu: E se seus pais
chegaram?
Brunna: Yury- ela
pegou minha mão e me puxou- tá se preocupando demais com as coisas
Eu: Só não quero-
falei quase tropeçando nas escadas- que aconteça como antes
Brunna: Ah entendi-
chegamos no segundo andar
Eu: Entendeu o que?-
encarei ela
Brunna: Nada Yury- ela
gritou- nada não- ela abriu a porta e entrou no quarto comigo
Eu: Não mudou nada-
comentei
Brunna: Vem cá- ela
tirou a blusa- você tá interessado no quarto- ela me empurrou na cama e sentou
no meu colo- ou nisso aqui?- e apontou para o corpo dela
Eu: Hum... essas cores
vibrantes... seu quarto tá mais atraente- falei ironicamente
Brunna: Aff- ela
bufou- idiota- e me deu um selinho e deitou comigo na cama
Rolou tudo o que podia
rolar naquela noite. Depois de tudo, ainda demoramos um pouco a dormir mas logo
o sono chegou e depois de muito, muito tempo, estávamos ali, juntos, na mesma
cama denovo. Dessa vez, sem brigar
Ouvi o barulho do meu
celular despertar, havia esquecido de desligar o alarme. Peguei ele, que estava
no chão e o desliguei. A Brunna tava dormindo com a cabeça sobre o meio peito
com o braço envolta do meu corpo. Me ajeitei novamente na cama e ela acordou.
Brunna: Bom dia- ela
deu um sorriso
Eu: Bom dia minha
linda- dei um selinho nela
Brunna: Dormiu bem?-
ela perguntou
Eu: É, há muito tempo
que eu não dormia tão bem- sorri
Brunna: Pois é, eu
também- ela deitou sobre o meu corpo me olhando
Eu: Que foi?-
perguntei
Brunna: Pensando se eu
dispenso o Fe... ou se derrepente deixo isso só como mais um garoto que peguei,
ou seja, dispensarei você- ela riu
Eu: Olha lá em- ri
Brunna: To brincando
meu amor- ela me deu um selinho
“Toc toc toc”- a porta
abriu
x.X.x: Brunna- quando
olhei era o pai dela-. Ah, Deus...- o nome dele era Sérgio
Brunna: É...- ela
olhou para trás e viu ele- oi pai- ela ficou sem graça
Sérgio: Desculpa
interromper você e o seu amigo- ele ficou encarando o chão
Eu: Que nada tio
Sérgio, pode ficar tranquilo- a Brunna virou e me encarou
Sérgio: Yury?- ele
agora olhou para mim e para a Brunna
Eu: E aí sogrão- a
Brunna riu e encostou a cabeça em meu ombro
Sérgio: Tudo bem
cara?- ele chegou perto de mim e da Brunna
Eu: Aham- respondi e
apertei a mão dele- e tu?- a Brunna saiu do meu colo e ficou deitada do meu
lado
Sérgio: Tranquilo. Eu
só queria avisar para a Brunna que café tava na mesa mas já que rolou isso...-
ele me encarou- venha tomar café com a gente também- ele falou comigo
Eu: Tá certo- respondi
Sérgio: Não demorem-
ele saiu do quarto
Brunna: Que estranho
em... não sabia que vocês tinham essa intimidade tão grande- ela ficou sentada
na cama
Eu: Brunna, seu pai
trabalha com essas coisas de agência de modelo, você sabe, então a gente sempre
tá se esbarrando- expliquei ela
Brunna: Se esbarram
tanto que ele te conheceu pela voz- ela levantou da cama rindo
Eu: Ai meu Deus-
levantei, peguei minha calça do chão e a coloquei
Coloquei o restante da
minha roupa, a Brunna pegou uma outra no guarda-roupa e se vestiu. Descemos
para a copa e tomamos café-da-manhã. Ainda fiquei conversando com os pais dela,
fiquei mais um pouco com a Brunna também e quando deu umas duas horas da tarde
eu decidi ir embora.
Brunna: Já?- ela
perguntou
Eu: Eu preciso. Eu nem
falei com meus pais que ia dormir fora
Brunna: Ah entendi...-
ela olhou para baixo
Eu: Eu volto tá
princesa?- levantei seu rosto
Brunna: Eu te espero-
ela sorriu
Eu: Te amo- dei um
selinho nela e levantei do sofá, indo em direção a porta
Brunna: Se cuida,
também te amo- fiz sinal para ela, mandei beijo e sai da casa dela
Fui para o meu carro,
entrei nele e dirigi em direção a minha casa.
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