sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Capítulo 12 - 02x12

Logo após comerçamos a nos beijar, ela passava a mão em meus rosto e eu, segurava sua cintura para permanecer ela bem perto de mim. Ela parou o beijo e fico me encarando, olhando dentro dos meus olhos, passando as mãos em meu cabelo
Babí: Klé- ela falou baixo
Eu: Oi Bá- eu sorria para ela
Babí: Eu não acredito que...
Eu: “Shiiiiiii”- coloquei meu dedo na sua boca-. Fala nada não- sorri
Babí: Por que?- ela ficou me encarando com um sorrisinho no rosto
Eu: Por isso- peguei ela no colo e dei mais um beijo. Ela colocou a sua mão em minha nuca
Aproveitamos o momento, aproveitamos o beijo. Fui andando com ela no colo para o quarto. Ela parou o beijo e ficou olhando o quarto.
Eu: Que foi?- perguntei
Babí: Não, nada não Kléber- ela ficou com os braços envolta do meu pescoço-. Bem na verdade...
Eu: Pode falar Babí- eu ainda segurava ela
Babí: É que eu... eu não quero hoje? Entende?- ela ficou me olhando
Eu: Ah- coloquei ela na cama- tudo bem- sorri
Babí: Sério? Vai ficar chateado não?- ela me puxou e acabei caindo do lado dela na cama
Eu: Não. Isso pode rolar outra hora. Já nos beijamos, pra hoje acho que já foi uma grande surpresa- ri
Babí: É- ela também riu-. Foi coisa do momento mesmo. Mas eu quero ficar aqui- ela deitou na cama-, dormir com você- ela logo se cobriu
Eu: Ah é?- fiquei olhando ela. Ela fez sinal que “sim” com a cabeça- Então tá- fiquei do lado dela e me cobri também-. Ai ui que maravilha, ai ui mais que gostoso- comecei a cantar-, dormir com minha Babizinha isso é delic...
Babí: Sua Babí?- ela me interrompeu
Eu: Ah- gritei-, acabou com a graça da música- ri
Babí: To brincando, sua sim bobo meu- ela me abraçou
Eu: Só seu- sorri
Babí: Meu meu meu meu meu- ela ficou me dando vários selinhos
Eu: Ai meu Deus vamos dormir, vamos- dei vários selinhos nela também
Babí: Boa noite meu lindo- ela fechou os olhos
Ainda demorei pra dormir. Fiquei olhando a Babí. Quando percebi que ela já tava num sono profundo, comecei a fazer carinho em seu rosto. Depois ainda lembrei do que meu pai havia falado de manhã, aliás, uma das últimas coisas que ele me disse: “A Babí é uma garota legal. Cuida dela, assim como você cuidou da Gabriela durante esses últimos meses”. Será que ele havia percebido algo? Ah, não sei. Mais um tempinho depois, fiquei ainda observando ela, eu dormi.

Acordei no outro dia, a Babí ainda estava dormindo ao meu lado. Olhei no relógio eram nove horas. Como enterro era só onze horas, ainda tem atraso se bobiar, continuei deitado na cama. Fiquei alisando o rosto dela, fazendo carinho. Sem querer acabei acordando ela
Babí: Oi- ela se espreguiçou-. Bom dia meu querido- ela me beijou no rosto
Eu: Oi Babí- dei outro beijo em seu rosto-. Desculpa ter te acordado- tirei o cabelo da frente do rosto dela
Babí: Que isso Klé, agente tinha que acordar cedo mesmo- ela sorriu-. Obrigada
Mãe: Kléber- ela entrou no quarto-, tá na hora de...- ela viu eu e a Babí juntos na cama- é... desculpa interromper vocês- ela ficou sem graça
Eu: Interrompeu nada não. É que eu acordei, vi a hora e chamei a Babí também- olhei para a Babí
Babí: Ah é... foi isso- ela confirmou
Mãe: Atá- ela parecia não ter acreditado muito-. Enfim, se ajeitem para daqui a pouco irmos lá para o enterro. Até já
Eu: Tá bom mãe- ela saiu do quarto
Babí: Ai meu Deus- ela levantou da cama-! O que sua mãe vai pensar em
Eu: Ela não vai pensar nada. O filho dela já é bem grandinho e sabe o que faz- levantei também
Babí: Mas não aconteceu nada aqui- ela me encarou-. Só os beijos e tals
Eu: É né...- franzi o rosto e comecei a rir
Babí: Ai meu Deus- ela riu também-. Então, eu vou tomar banho tá?- ela ia saindo do quarto
Eu: Ei, toma aqui no meu- chamei ela
Babí: Ui, vou tomar banho na suíte do Klé. Ai Klé- ela se aproximou de mim- se quiser- ela grudou seu corpo no meu e piscou- vem tomar comigo
Eu: Olha que eu vou em- falei em seu ouvido
Babí: Ui- ela riu- então- ela foi indo para o banheiro-, vem antes que eu feche a porta- ela entrou e fechou a porta
Eu: Ah Babí- gritei- assim não vale
Babí: Ah coitadinho dele- ela falava ironicamente. Ouvi a água caindo no banheiro
Fiquei assistindo televisão enquanto esperava ela sair do banho. A Roberta me ligou e falou que ia ter boate mais tarde e disse também que ia ver se dava uma passada lá no enterro. Pedi para ela colocar o nome da Babí na lista também, derrepente ela vai também. A Babí saiu do banho e fui eu lá. Tomei rápido, para não atrasar mais do que já estávamos. Peguei as coisas e eu dirigi até o cemitério.
Agente chegou lá, buscamos logo saber aonde que tava sendo velado o corpo e chegamos lá tinha algumas pessoas. Vi o Yury, ele tava acompanhado da Giselle, e também vi a Brunna, porém ela estava sozinha. Num outro lado, com meus tios, vi a Marcella. O resto da minha família também estava lá. Vi meu pai lá, pela última vez. Ele tava lá deitado no caixão. Minha mãe quando se aproximou mais começou a chorar e ficou sobre o corpo do meu pai. Eu preferi ficar mais no meu canto, quieto. Não tava me sentindoo bem ali, queria sair dali o mais rápido possível. A Brunna percebeu que eu não tava muito bem e ficou conversando com algumas pessoas lá. A Babí veio até a minha direção
Babí: Ai, o clima aqui tá péssimo- ela se colocou do meu lado-. Você era muito parecido com ele
Eu: É. Eu sei disso. Sabe qual uma das últimas coisas que ele me disse
Babí: O que
Eu: Ele disse que você é legal e que era pra eu cuidar de você do mesmo jeito que eu cuidei da Gabi durante esses meses- respondi-. E eu na hora não entendi, mas acho que ele percebeu, sei lá- olhei para ela-, que rolava uma “química” entre nós
Babí: Ai que lindo Kléber- ela sorriu
Eu: É- sorri-. Não sei se vou ficar para o enterro.
Babí: Se você for embora, vou com você tá?- ela sorriu
Eu: Atá- olhei no relógio-. Já é meio-dia. O enterro deveria ser onze horas. Mãe- fui até ela-, eu vou embora. Não to me sentindo bem
Mãe: Tá filho. Eu vou ficar. Depois eu pego carona com alguém
Yury: Eu levo você pra casa tia- ele pareceu-. E aí cara- ele apertou minha mão-, sinto muito
Eu: Tranquilo cara. To indo agora. A Roberta me chamou mais tarde lá pra...
Yury: É eu sei- ele me interrompeu-. Ela me ligou também
Eu: Então agente se vê. Até mais cara
Yury: Valeu- ele me abraçou
Babí: Vamos Kléber- ela pegou minha mão
Eu: Tá- sorri e segurei sua mão também
Marcella: Kléber- ela me chamou quando eu já tava saindo
Eu: Ah- me virei com a mão dada com a Babí-... oi Marcella
Marcella: Tá melhor do acidente? A gente não se falou desde aquela vez
Eu: É. Melhorei sim. E você também né?- sorri
Marcella: É. Graças a Deus fiquei boa. Meus pais tão vendo se derrepente não se mudam pra cá
Eu: Atá, que legal- a Babí apertou minha mão-. É... eu to indo embora, não to bem aqui
Marcella: Atá- ela viu minha mão segurando a da Babí-. Tão namorando?- ela perguntou para a gente
Eu: Ah...- eu e a Babí nos olhamos- não
Marcella: Atá... Bem, o Yury me chamou ai para uma festa mais tarde, quem sabe agente se vê
Eu: É verdade- respondi-. Deixa eu ir lá, beijos Marcella- sai com a Babí do cemitério
Eu e a Babí saímos do cemitério e fomos ao estacionamento, aonde eu havia deixado o meu carro. Vi de longe o Camaro preto do Yury, isso que é carro pra chamar atenção namoral. Entramos eu e a Babí no carro e saímos daquele lugar.
Eu: Quer ir aonde Babí?- perguntei a ela
Babí: Ah, não sei Kléber. A gente mais tarde num vai sair? Vamos pra casa mesmo quer dizer, para a sua casa- ela sorriu
Eu: Atá- sorri-. Você não quer ir almoçar em nenhum lugar não?- perguntei
Babí: Ah tanto faz. Na sua casa ou fora... a verdade é que não to com muita fome. Quero descansar pra mais tarde- ela deitou no banco do carro
Eu: Atá- continuei dirigindo pra casa
Ela ficou deitada, acho que tava cochilando e fomos para minha casa mesmo. Peguei meu celular e liguei para a best para ver se ela ia também na boate mais tarde. Conversamos, ela disse que ia sim e perguntou sobre a Babí. Acho que ela tava desconfiando de algo, mas neguei tudo. Quando cheguei em casa terminei de falar com ela e chamei a Babí. Saímos do carro e entramos em casa.
Eu: Babí você se importa se eu for dormir um pouquinho lá no quarto?- deixei as coisas na mesinha que tinha na sala
Babí: Não, claro que não. Pode ir lá descansar
Eu: Tem problema você ficar sozinha não?- peguei sua mão
Babí: Não Kléber- ela se aproximou-. Pode ficar tranquilo- e ficou alisando meu rosto
Eu: Tá bom- dei um beijo próximo de sua boca
Babí: Eu te acordo- ela se soltou de mim
Eu: Tá bom- respondi e subi as escadas para ir para o quarto
Tirei e coloquei a camisa em cima da cadeira do computador e deitei na cama para dormir.

Babí: Mô- ouvi ela me chamar-. Kléber, acorde meu querido
Eu: Oi minha linda- vi ela sentada na minha cama. Tirei a colcha de cima de mim e fiquei sentado
Babí: Vamos nos arrumar para a parada que vai ter. Já são dez e meia. Vou lá indo me arrumar- ela se levantou
Eu: Caraca, dormi muito. Ei- levantei da cama e a segurei pelo braço- “cê” tá bem mô?- perguntei
Babí: É...- ela virou para mim- to bem sim Kléber- ela me olhou. Pude ver que o rosto perto dos olhos estava um pouco molhado
Eu: “Cê” andou chorando minha linda?- perguntei
Babí: Não. Isso não foi nada não Kléber- ela respondeu
Eu: Tem certeza?- passei a segurar suas mãos
Babí: Aham- ela fez sinal que “sim” com a cabeça
Eu: Tá bom vai lá se arrumar- soltei ela e dei um beijo em seu rosto
Quando ela saiu, eu fechei a porta do quarto e fui eu me arrumar. Entrei no banheiro, que ficava no quarto e tomei banho. Sai de lá e comecei a “escolher” a roupa que eu ia pra boate. Coloquei minha cueca, a calça jeans que tinha alguns pequenos rasgos, o tênis, uma camisa gola “V” e também o casaco, mas não o coloquei. Avisei para a Babí que já estava pronto e fiquei esperando ela na sala. Mandei um SMS para a Roberta falando que já estava indo. Uns cinco minutinhos depois ouvi alguns barulhos na escada e quando olhei para lá era a Babí que tava descendo. Eu levantei e bem, ela tava linda, tava perfeita.
Babí: É...- ela chegou na sala- to pronta- ela deu um sorrisinho rápido
Eu: Você tá linda- sorri. Ela tava com uma blusa cinza que cobria um ombro e era caída, aberta do outro lado. Um shortinho jeans que ia um pouco acima do joelho e um salto não muito alto
Babí: Ah obrigada- ela sorriu-. Você também tá bonito
Eu: É o que eu tinha no armário- respondi e comecei a rir
Babí: Para seu bobo- ela começou a rir
Eu: Ok, obrigado- parei de rir
Babí: Vamos? Vinte para meia-noite já Kléber- ela pegou uma bolsa dessas de mão
Eu: Tá bom minha linda- peguei meu celular a chave do carro-. Vamos lá- abri a porta de casa e sai com ela. Cheguei antes e abri a porta do carro
Babí: Obrigada- ela entrou no carro
Fechei a porta e entrei no lado do motorista. Eu acho que não ia beber, por isso fui dirigindo. Qualquer coisa pegava um táxi, sei lá, e no outro dia voltava lá para pegar. Pegamos ainda um trânsito engarrafado, como sempre. Chegamos lá era meia-noite e vinte. Deixei o carro no estacionamento e fomos eu e a Babí para entrada da boate. Demos de cara com a Roberta
Eu: Oi Rô- abracei ela
Roberta: Oi Kléber- ela me deu um beijo no rosto. Ela se afastou de mim e foi falar com a Babí-. Nem me contou que ia voltar né?
Babí: Não tive muito tempo- ela abraçou a Rô também
Eu: E aí Rô- chamei ela-. Nossos nomes estão aí?- perguntei
Roberta: Aham- ela marcou lá na lista e sorriu-. Podem ir
Eu: Atá. Vamos Babí- entrei com ela na boate
Babí: Nossa, pra essa hora já tá com uma boa galera aqui- era meia-noite e meia
Eu: Pois é- fiquei olhando para ver se achava algum conhecido
Babí: Vamos beber alguma coisa?- ela perguntou
Eu: Eu to com o carro aqui Babí. Vou tentar evitar isso hoje- sorri
Babí: Tá, mas me acompanha, por favor?- ela quase riu
Eu: Tá bom minha linda- ela pegou minha mão e me levou até o bar
Brunna: Best- ela já tava lá no bar
Eu: Oi Best- abracei ela-. Tá sozinha?- perguntei
Brunna: Aham- ela respondeu-. O Felipe ele teve que voltar para São Paulo ontem e disse que volta no final de semana pra ficar comigo. Não é lindo?- ela parecia tá viajando, parecia não, tava viajando
Eu: Não- respondi-. Sei lá, não acho que ele mereça ou que vocês combinem
Brunna: Tá falando isso por causa do Yury né?
Eu: Aham- respondi-. Apesar de tudo que ele fez e faz, ele te ama
Brunna: O pior é que eu sei Best, mas na hora cara, isso tudo o amor dele por mim, o meu por ele some e...
Babí: Que?- ela gritou- Seu amor por ele? Ah eu sabia que você ainda gostava do Yury
Brunna: Hã? Eu falei isso?- ela se fez de desentedida
Eu: Aham- confirmei-. Falou sim que eu ouvi
Brunna: Ah- ela levantou o copo- deve ser a bebida já. Nem sei mais o que to falando- ela virou o copo
Eu: Sei- fingi que acreditava
Babí: Klé- ela tava com um copo-, vamos dançar?- ela pegou minha mão
Eu: Tá. Já voltamos Best- fui para pista de mão dada com a Babí
Brunna: Ei ei- ela nos achamou-, mãos dadas?- ela franziu o rosto
Eu: Ah é...- olhei para a Babí
Babí: Eu tava puxando ele pra lá. Foi isso Brunna- ela completou
Brunna: Atá...- ela parecia ter ficado desconfiada
Babí: Vem Kléber, vamos- agora sim ela me puxou de verdade
Eu: Ai- gritei quando chegamos na pista
Babí: Que foi?- ela perguntou
Eu: Puxou forte agora- expliquei
Babí: Atá. Tinha que parecer que antes eu realmente tava te puxando- ela começou a dançar lentamente
Eu: Mas foi forte. Machucou- fiz bico
Babí: Ah desculpa meu amor. Vem cá- ela me puxou denovo, mas dessa vez me beijou rapidamente
Eu: Tá desculpada- sorri
Babí: Bobo- ela riu e depois começou a dançar
Comecei a dançar também junto com ela. Logo depois vi o Yury chegando na boate, acompanhado da Giselle. Fiquei curioso para saber se tava sendo mais do que uma simples “ficada”. Continuei dançando com a Babí. Depois de um tempo dançando com ela, sentei no sofazinho que tinha lá. E aí veio a Roberta na minha direção e sentou do meu lado.
Roberta: Kléber- ela me abraçou
Eu: Oi Rô- respondi-. Você não ficava só uma hora lá na frente?- já eram quase duas horas da manhã
Roberta: É eu sei. Mas agora to ficando uma hora e meia. Ganho mais e tals. Depois curto- ela sorriu
Eu: Que bom Rô- respondi
Roberta: E aí- ela colou seu corpo no meu- vamos continuar aquela noite?- ela começou a dar alguns beijos de leve no meu pescoço
Eu: É...- vi a Babí dançando na pista- não sei Rô- me afastei um pouquinho dela
Roberta: Por quê?- ela me encarou
Eu: Ah não assim de cara. Deixa rolar aqui, a curtição- sorri. A verdade é que hoje eu não queria ficar com ela
Roberta: Tá bom- ela sorriu. Parecia ter ficado sem graça-. Eu vou dá uma volta por aí. Até daqui a pouco então- ela levantou do sofá e foi para algum lugar
Yury: E aí papito- ele sentou do meu lado
Eu: Fala aí filho- respondi
Yury: Levou um pé na bunda da Roberta? Tá mal em- ele tava bebendo
Eu: Não. Hoje não to muito afim de ficar com ela não. Essa é a verdade- respondi
Yury: Ah... você tá cada vez mais estranho em. Deixa eu ir lá. Vou curti com a Giselle
Eu: Valeu- ele levantou do sofá e vi ele indo até a Giselle. Ela acenou para mim. Acenei de volta
Fiquei ali só observando. Até talvez por causa do lance do meu pai não tava muito animado. Mas vi a Babí se divertindo, dançando lá. Ela me viu sentado e veio até mim.
Babí: Vamos Kléber- ela sentou do meu lado
Eu: Ah não. Não to muito animado não- sorri
Babí: É. Mó braba mesma. Então vou lá
Eu: Babí- chamei ela. Eu havia tido uma idéia-. Você tava aqui quando eu cantei?- perguntei
Babí: Não tava aqui nesse dia. Mas a Brunna me contou- ela respondeu
Eu: Então você vai ver hoje- levantei do sofá e puxei ela para ir comigo
Babí: O que você vai fazer?- ela me perguntou enquanto eu levava ela pro meio da galera
Eu: Ó- soltei a mão dela- fica aqui em. Vai ser pra você- dei um selinho rápido nela e fui até o palco falar com o Dj
Dj: Fala aí... Kléber?- ele riu
Eu: Isso aí, Kléber Rezende- respondi-. Posso mandar uma hoje denovo?- perguntei
Dj: Claro. Galera gostou naquela vez- ele bateu nas minhas costas
Eu: Mas tipo, hoje vou cantar uma mais romântica e tals. Para aquela garota ali- apontei para a Babí. Ela meio que não tava entendendo, mas sorriu
Dj: Bonita mesma. Namorada?- ele perguntou
Eu: É... não exatamente. Agente tá vendo se rola e tals.
Dj: Ok ok. Pode ser agora? Vai querer banda...
Eu: Violão, eu vou tocar- interrompi ele
Dj: Ok. Vou anunciar para o pessoal então- ele pegou o microfone
Eu: Tá bom então- peguei o violão e sentei num banquinho que tava no palco
Dj: Boa boa boa noite galera- ele parou a música-  quem aí se lembra do Kléber?- várias pessoas levantaram a mão- Isso aí. E hoje ele tá aqui e vai cantar uma música- pedi o microfone- Antes ele vai dá uma palavrinha com vocês- ele me deu o microfone
Eu: E aí gente, boa noite. Então, eu vou dedicar né, essa música, para uma pessoa que me faz sentir bem em todos os momentos que estou com ela e assim- vi a Babí me encarando sem graça, mas ao mesmo tempo com uma vontade enorme de ir lá no palco e me agarrar sei lá- eu gosto dela e então, é isso- também vi a Roberta me encarando. Ai meu Deus­-. Essa música é para você, Babí- falei o nome dela, apontei quem era e todo mundo olhou exatamente para ela. Começei a tocar a introdução da música no violão
Brunna: AAAAAAAAH- ela gritou mais alto que todo mundo- eu sabia. Vai Best- vi ela abraçada com a Babí que meio que não tava acreditando
Eu: Vou caçar mais de um milhão- comecei a cantar a música- de vagalumes por aí, / Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor, / Eu só quero amar você, / E quando amanhecer eu quero acordar.. Do seu lado. / Vou escrever mais de um milhão de canções pra você ouvir, / Que meu amor é teu, teu sorriso me faz sorrir, / Eu Vou de Marte até a Lua, cê sabe já tô na tua, / E Não cabe tanta saudade essa verdade nua e crua, / Eu sei o que eu faço nosso caminho eu traço, / Um casal fora da lei ocupando o mesmo espaço / Se eu to contigo não ligo se o sol não aparecer / É que não faz sentido caminhar sem dar a mão pra você- ela sorriu para mim nessa parte da música-/ Teu sonho impossível vai ser realidade, / Sei que o mundo tá terrível mas não vai ser a maldade que / Vai me tirar de você, eu faço você ver, pra tu sorrir eu faço o mundo inteiro saber que eu... / Vou caçar mais de um milhão- comecei a cantar a música- de vagalumes por aí, / Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor, / Eu só quero amar você, / E quando amanhecer eu quero acordar.. Do seu lado
A galera parecia tá gostando da música, apesar de ser uma música mais romântica e tals. Mas tavam gostando, e o mais importante, a Babí tava gostando também. Agente ficava se olhando durante a música e então fui para a parte final dela.
Eu: Faço dos teus braços um lugar mais seguro, / Procurei Paz em outro abraço, eu não achei eu juro, / Saio do compasso, passo apuros que vier, / Abro a janela pra que você possa ver- aí quando fui para o refrão denovo, todo mundo cantou comigo
Todo mundo: Vou caçar mais de um milhão- comecei a cantar a música- de vagalumes por aí, / Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor, / Eu só quero amar você, / E quando amanhecer eu quero acordar.. Do seu lado- terminei a música
Todo mundo aplaudiu. Aplaudiu e acho que gostaram. Sem esperar nenhum segundo quando olhei para aonde a Babí tava, vi ela se soltando da Brunna e vindo correndo pro palco. Só deu tempo de eu tirar o violão e ela me abraçou e me deu um longo beijo
Durante o beijo ouvi a galera gritando, assoviando, aplaudindo, fazendo tudo. A Babí parou o beijo e ficou me olhando
Babí: Ah Kléber... que lindo- ela sorriu
Eu: Gostou minha linda?- eu olhava em seus olhos e ela nos meus
Babi: Eu amei querido- e me beijou mais uma vez na frente de todo mundo
Eu: É...- interrompi o beijo- Babí
Babí: Oi- ela me olhou
Eu: Vamos pra casa?- perguntei
Babí: Já?- agente desceu do palco juntos
Eu: É. Temos mais privacidade- sorri
Babí: Ah é?- ela já deu um outro tipo de sorriso
Eu: É- respondi um pouco sem graça
Babí: Então tá. Vou no banheiro rapidinho bebê já voltou- ela me deu um selinho e foi no banheiro
Eu: Ai ai- falei sozinho-. Cansei- sentei no sofá e esperei ela lá
Roberta: Olha- ela tava batendo palmas- realmente, muito linda a música que você cantou pra ela
Eu: Ah- levantei-... Rô. Tudo bem?- abracei
Roberta: É, to... vocês dois estão juntos?- ela perguntou
Eu: É por aí- respondi
Roberta: Legal. Eu vou indo, tenho que ainda fazer algumas coisas aqui na boate- ela ia indo embora
Eu: Ei Rô- segurei ela pelos braços-, se eu criei esperanças pra você naquele dia, me desculpa
Roberta: Não rola mais entre a gente né?- ela se virou
Eu: Não. Acho que não como antes- soltei ela
Roberta: Eu entendo... Você podia pelo menos ter dito, que não queria ficar comigo por causa da Babí. Eu tenho que ir agora Kléber. Beijo- ela se aproximou e deu um beijo no meu rosto
Eu: Tchau- respondi
Babí: Pronto, vamos- ela apareceu do meu lado
Eu: É vamos- sorri e peguei sua mão
Brunna: Ah eu sabia- ela parou na nossa frente- que aquela mãos dadas não era um “puxão” para ir a algum lugar
Eu: É- confirmei-. Não era só aquilo
Brunna: Ai meus pombinhos...
Babí: Ou ou calma tá- a gente, os três, fomos andando pra saída da boate-? Estamos indo devagar, pra ver se vai rolar ou não
Eu: É- fiquei até um pouco sem graça-. Não queremos magoar, um ao outro
Brunna: Ah entendi. Vocês já vão embora?- ela perguntou
Eu: Aham- respondi
Brunna: Então- paramos na saída da boate- a gente se vê depois. Tchau best- ela me deu um abraço e um beijo no rosto
Eu: Até best- retribui
Brunna: Depois a gente se fala prima- ela foi até a Babí e também abraçou ela-. Juízo em rum
Babí: Você também Senhorita Bittencourt. A gente se fala
Eu: Tchau best- saí com a Babí da boate
Babí: Ai ai só graça- ela andava abraçada comigo
Eu: Pois é- abri a porta do carro para ela
Babí: Obrigada- ela entrou e eu fexei a porta. Entrei do outro lado
Eu: Agora sim- liguei o carro- vamos para casa
Babí: Que isso não bebeu nada em- ela riu
Eu: Pois é- liguei o ar no fraco e o rádio baixinho
Babí: Vou dormir um pouquinho. Chegar na sua casa me acorde- ela se virou e ficou quieta
Hoje a pista até que tava mais tranquila. Até por causa da hora né? Fui devagar com o carro mesmo assim. A Babí dormiu durante o caminho todo. Entrei com o carro na garagem, estacionei ele e o desliguei. Tirei o cinto e chamei a Babí
Eu: Babí- mexi ela- chegamos
Babí: Oi Kléber- ela virou para mim
Eu: Vamos chegamos- peguei meu celular e a chave do carro
Babí: Atá- ela saiu do carro. Saí junto
Eu: Vem- peguei sua mão e fui andando com ela até a porta de casa
Babí: Kléber- ela falou meu nome baixo
Eu: Oi querida- olhei para ela. Agente parou em frente à porta de casa
Babí: É... – ela ficou quieta
Eu: “É”... ?- fiquei olhando ela
Babí: Vem cá- ela me puxou e me deu mais um beijo. Parecia até que era o primeiro.
Coloquei as mãos em sua cintura e depois a levantei e a segurei em meu colo. Parei o beijo e fiquei olhando ela
Eu: O que foi isso?- fiquei encarando
Babí: Nossa química- ela sorriu
Eu: Ah é?- abri a porta de casa e entrei com ela no meu colo
Babí: Aham- ela desceu do meu colo-. Vem vamos para o quarto- ela pegou minha mão e fui com ela para o quarto
Subimos as escadas, deixei meu casaco na mesinha que tinha no corredor de cima e entramos no quarto. A gente bateu a porta tão forte, que eu espero que a minha mãe não tenha acordado. Ela tirou minha camisa, jogou ela no chão, me empurrou na cama e ficou sobre mim e me beijou. Tirei também a sua blusa e invertemos as posições. Eu fiquei sobre ela e ela embaixo de mim. Um tirou o resto da roupa do outro e continuamos na cama nos beijando
Babí: Kléber- ela me chamava entre os beijos
Eu: Oi Babí- parei o beijo
Babí: Anda logo Kléber, eu quero você- ela colou o corpo dela no meu
Eu: Vem cá- peguei ela, coloquei sobre mim e coloquei meu pau nela
E como eu disse para ela naquele dia: “Se tiver que rolar, vai rolar”.
E tava rolando. Eu gostava dela. Ela tava sendo especial para mim. Um tipo de “recomeço”. Principalmente depois de tudo que aconteceu em sequência na minha vida.
A gente ficou ali por algum tempo, mudamos de vez enquando as posições e tava bom. Não sei se seria algo para sempre, mas eu nunca havia percebido como ela seria importante na minha vida.
Eu: Babí, eu vou...
Babí: Anda logo Kléber- ela me interrompeu-, goza- ela apertou seu corpo contra o meu
Eu: Eu vou Babí, eu vou- e quando eu tava começando
Babí: Ai meu Deus Kléber- ela tirou meu pau dela-, quase
Eu: O que?- olhei
Babí: Antes de nos deixarmos nos envolver pelo momento, temos que tomar certos cuidados- ela deitou do meu lado
Eu: Ai desculpa. Vem cá- dei um selinho nela
Babí: Tem que pedir desculpa não querido. Foi um erro da gente. Mas eu pude evitar, eu acho, qualquer contratempo que venha acontecer
Eu: É...- mais um filho agora não né, por favor- tá bom. Mesmo assim- sorri
Babí: Ai- ela deito no meu peito- apesar disso, foi bom- ela puxou o cobertor e nos cobriu
Eu: Ah é? Gostou?- me aproximei dela. Ela fez que “sim” com a cabeça- Me dá um beijo de boa noite então e vamos mimir
Babí: Ah- ela me deu um selinho- já?- ela me olhou
Eu: Anda- dei outro selinho nela- vamos- e fui dando um a cada palavra que falava- dormir que amanhã vamos acordar cedo.
Babí: Aham, cedo? Sei- ela respondeu
Eu: É, cedo. Meu beijo de boa noite?- olhei para ela
Babí: Vai ficar sem- ela levantou, colocou um shortinho jeans, o sutiã e deitou denovo
Eu: Ok então- coloquei a sunga e apaguei o abajur-. Boa noite
Babí: Boa noite- ela se virou
Passou alguns minutos e comecei a passar a mão em seu corpo. Quando encostei minha mão na bunda dela, ela bateu na minha mão e a tirou dali
Babí: Ai meu Deus- ela virou pra mim- esse chato me ama muito cara- agora ela ficou deitada virada pra mim
Eu: Aham eu te amo sim. Boa noite- me aproximei, beijei ela, me afastei e fui para o outro lado da cama e fiquei deitado de costas pra ela
Babí: Ou ou agora vem cá- ela foi até mim e me abraçou pela cintura-. Boa noite meu bobo- ela me deu vários beijos no pescoço
Não respondi. Apenas peguei sua mão que estava na minha cintura, beijei ela e não a larguei mais. Segurei durante a noite toda. Não quero largar e nem perder ela por nada nesse mundo. Não demorei muito, como já estava cansado, e dormi logo.

Capítulo 11 - 02x11

Babí: Klé?- ela me abraçou- Que susto você me deu amor- ela deixou o celular cair
Eu: Vem cá- peguei o celular para ela-, isso tudo só por causa desse “susto” que te dei?- eu ri
Babí: Ah Klé, você diz que tá saindo de casa e do nada tá aqui- ela pegou o celular da minha mão
Eu: Tá desculpa linda- sorri
Babí: Tá fazendo o que aqui? Preveu que eu chegaria hoje é?- ela foi andando comigo para a saída do aeroporto
Eu: Não, nem isso. Eu cheguei do Paraná, na hora que tu me ligou- respondi
Babí: Fez o que lá?- ela perguntou
Eu: É... eu fui lá na casa da Gabi. Fui ver a Alice e tals. Mas só passei ontem lá, hoje já voltei- sorri
Babí: Atá- saímos do aeroporto-. Carro tá aonde?
Eu: Bem- fiquei olhando para o imenso estacionamento- por aqui- ri
Babí: Ai Jesus- ela riu-. Me dá aqui- ela pegou a chave da minha mão e apertou o botão. Ouvimos o barulho do alarme, ela fez denovo e vimos o carro piscando. Fiquei olhando para ela-. De nada e aprendi isso lá em Londres ok?- fomos até o carro
Eu: Você é muito boba garota- eu ajudei ela pegando uma das malas
Babí: E você é muito- ela ficou me olhando-... chato- ela deu língua
Eu: Ah é? Sou chato?- abri a mala do carro e botei a mala dela dentro
Babí: É sim- ela entrou no carro, no banco da frente. Fechei a mala do carro
Eu: Então tá bom- entrei no carro. Liguei, paguei o aeroporto na saída e fomos para casa. Eu parei, e perguntei a ela-. Pra sua casa?- perguntei
Babí: Ah, se você quer me levar para sua mansão- ela sorriu
Eu: Ah tá- ri-... vamos pra lá mais tarde te levo pra casa. Até porque lá em casa tá meio vazio sabe. Só eu e meus pais agora- expliquei
Babí: Tá bom, a gente se diverte um pouco Baby- ri quando ela disse “Baby”
Eu: Ai ai- dirigia-. Gostou de Londres?- perguntei
Babí: Aham, claro. Lá é muito diferente Klé. Gostei muito. Mas é bom poder voltar também sabe- ela pegou o telefone, era um iPhone-, matar a saudade de muitas pessoas, como você- ela sorriu
Eu: Eu também tava com saudades- sorri-. Só no iPhone também em- ela riu
Babí: Claro. Tem várias capas aqui. Trouxe umas aqui, se você quiser escolher algumas pra você, eu deixo- ela riu
Eu: Atá- amostrei o meu pra ela-. E os homens?
Babí: Ah Klé- ela ficou sem graça-, te falei. Conheci o Diego, até achei que ia rolar algo mais, porém, ficamos só nos beijos mas não rolou nada a mais- ela sorriu de lado
Eu: Atá- parei o carro em frente a minha casa-. Chegamos- desliguei o carro
Babí: Oba, Mansão Klé Stronda Rezende- ela abriu a porta do carro
Eu: Atá vai sonhando- abri a mala para ela pegar as coisas
Babí: Ai, segura- ela me deu a mochila-. Pode fechar aí
Eu: Ok- travei o carro-. Vamos lá- peguei a chave de casa e entramos
Babí: Ai- ela largou as coisas no chão- isso sim é casa boa- ela se ajogou no sofá
Eu: Ai meu Deus- deixei minha mochila no outro sofá e liguei a TV
Babí: Vamos ver o que?- ela deitou em mim
Eu: O que você quer ver?- perguntei a ela
Babí: Ah nem sei Klé- ela encostou a cabeça eu meu peito-. Eu queria mesmo é descansar um pouco
Eu: Se quiser, dorme aí pra sempre- hã? O que eu disse?
Babí: É- ela me olhou estranha-... tá bom então- ela deitou e não falou mais nada
Fiquei assistindo a um jogo que passava na televisão. A Babí não descansou, não tirou um cochilo. Ela literalmente teve um sono profundo ali. De vez enquando eu passava a mão em seu rosto, em seu cabelo, fazia carinho...
“Ah não Kléber” pensei. Parei e fiquei prestando atenção somente no jogo de futebol. Nesse meio tempo a Víc me ligou, lá dos Estados Unidos. Disse que tava gostando muito de lá- eu imaginava- e que tava super bem lá. Contei a ela tudo que havia acontecido aqui e ela ficou um pouco chateada, e com ambos, comigo e com a Gabriela. Ela disse que depois, quando voltasse, ia me dar um sermão daquele.
Antes de nos desperdimos ela disse que voltava já na próxima segunda-feira. Desliguei o telefone e deixei ele cair no chão
Eu: Ai droga- gritei
Babí: Kléber?- ela acordou assustada
Eu: Oi Babí- olhei para ela-. Desculpa ter te acordado assim é que meu celular caiu e...
Babí: Não Kléber- ela me interrompeu-, tudo bem. Ai, que soninho bom- ela se levantou do meu peito
Eu: Claro né, dormiu no melhor “travesseiro” do mundo amor- ri
Babí: Ai Jesus- ela riu- muito bobo mesmo cara- ela ficou sentada no sofá
Eu: Seu- ai Jesus, to falando isso automaticamente
Babí: Bobo meu é? Tá bom então em- ela sorriu
Eu: Então- olhei o relógio-, são nove horas...
Babí: Hã?- ela me olhou assustada- Isso tudo? Meu Deus me leva pra casa Klé- ela levantou
Eu: Ou ou- segurei ela pela mão- calma filha- levantei-. Eu te levando a gente pode sair daqui amanhã- me aproximei dela
Babí: É... Klé- ela ficou me encarando
Eu: Que Babí?- eu continuava me aproximando dela
Babí: Bom, eu não sou boa de expressar o que eu sinto para as pessoas sabe – ela começou a vir até mim também
Eu: Ah não entendi Babí- peguei sua mão
Babí: Bem é que eu assim- ela foi até o ouvido-, eu sempre quis dizer isso e acho que agora é o momento certo
Eu: O que?- coloquei a mão em sua cintura
Babí: Eu...
Mãe: Kléber cheguei- ela gritou
Eu e a Babí nos afastamos imediatamente, pelo visto ela não tinha nos visto juntos
Eu: Oi mãe- chamei ela. A Babí sentou no sofá
Mãe: Oi filho. Você tava aí- ela reconheceu a Babí no sofá-. Oi Babí- a Babí levantou
Babí: Eu- ela sorriu para minha mãe e foi até ela
Mãe: Chegou já de Londres é?- elas se abraçaram
Babí: Aham. Cheguei hoje. O Kléber foi lá me buscar e me trouxe pra cá. Tirei um bom sono agora à tarde- ela sentou no sofá denovo
Mãe: Você também voltou né- ela me abraçou-. Ainda bem que cumpriu, ia voltar cedo
Eu: Claro. Eu cumpro minhas promessas- a Babí me olhou com uma vontade de rir, mas prendeu o riso
Mãe: Aham, sei que você cumpre filho. Vou tomar um banho e fazer que nem você Babí, descansar
Eu: Vou levar ela tá? Se não vai ficar muito tarde
Mãe: Quer dormir aqui e o Kléber te leva amanhã?- minha mãe sugeriu
Babí: Ah hoje não. Posso vim amanhã e ficar- ela sorriu-. Saudades da minha mãe, do meu pai, do meu irmãozinho lindo- ela explicou
Mãe: Tudo bem então. Leva ela lá e volta logo em Kléber. Até amanhã então Babí- ela subiu as escadas
Eu: É... vamos?- peguei a chave do carro e uma das mochilas dela
Babí: Sim sim- ela pegou a outra mochila e abriu a porta de casa
Botei as coisas dela no banco traseiro e entrei no carro. Pegamos um engarrafamento- como sempre. Rio de Janeiro sempre tá engarrafado- e demoramos. Choveu e não havia chegado na casa dela. E olha que não era longe minha casa para a dela. Uns quarenta minutos depois, finalmente, cheguei na frente da casa dela
Babí: Klé, obrigadão- ela me abraçou
Eu: De nada- dei um beijo em seu rosto-. Amanhã quero você lá em casa em- sorri
Babí: Estarei lá- ela sorriu-. De manhã vou fazer um coisa... de tarde você vai se surpreender- ela saiu do carro e pegou as mochilas atrás
Eu: Então tá- fiquei do lado de fora do carro
Babí: Se cuida tá?- ela sorriu
Eu: Aham- fui até ela-. E vem cá, o que você ia me dizer naquela hora?- perguntei
Babí: Eu? Nada- ela respondeu. Claro que percebi que ela estava mentindo
Eu: Hum... tá- decidi não insistir-. Vou indo- entrei no carro
Babí: Até amanhã Klé- ela acenou
Eu: Até Babí- liguei e acelerei o carro
Peguei o mesmo engarrafamento voltando para casa também. Fiquei ouvindo música no rádio do carro. Mais alguns minutos depois eu cheguei em casa. Estacionei o carro na garagem e entrei em casa. Todos as luzes estavam apagadas, fui no quarto dos meus pais e vi os dois dormindo já. Tomei um banho e deitei na cama. Estava tão cansado que dormi logo depois.

Meu celular tocou o alarme às nove horas da manhã, era um alarme que eu já havia definido para tocar nessa horário todos os dias. Abri a janela, arrumei a cama e fui tomar banho. Agora eu tava dormindo sozinho naquele quarto grande.
Depois do banho, coloquei uma blusa de gola “v”, uma bermuda e o chinelo mesmo e desci. Vi meu pai assistindo TV e minha mãe na cozinha fazendo alguma coisa.
Eu: E aí pai- sentei no sofá
Pai: Bom dia Filhão. Jornal?- ele perguntou me amostrando uma parte do jornal
Eu: É me empresta. Vou ver sobre esportes- ele me deu a parte dos esportes
Pai: Teve uma menina que ligou aqui pra casa. Queria falar com você. Disse que seu celular tava dando desligado ou fora de área- coloquei a mão no bolso da bermuda e peguei o celular
Eu: É- ele não ligava-, descarregou. Devia tá com bateria fraca quando despertou ai depois desligou. Quem era?
Mãe: Era a Babí- ela sentou do lado meu pai-. Eu atendi. Disse que queria falar com você, urgente. Tem uns vinte minutos que ela ligou
Eu: Hum- levantei do sofá-, vou botar o celular pra carregar e ligo pra ela lá de cima- subi as escadas e fui para o quarto. Liguei o celular no carregador, liguei ele e fui nos contatos e procurei pela Babí. Dei um toque em seu nome e cliquei em “chamar”. Deu três toques e ela atendeu
Babí: Oi amor- ela viu que era eu, óbvio
Eu: Tudo bem? Meus pais disseram que você ligou pra cá- expliquei
Babí: To bem sim Klé. É que tipo, eu já ia para ai meio-dia mais ou menos. Minha mãe vai sair com meu irmão ai ela já vai me levar aí tá?
Eu: Eu te busco- olhei no relógio. Eram dez horas-. Umas onze e meia to passando aí, tá bom?- perguntei
Babí: Tá sim Klé. Você num sabe o que eu fiz. To acordada desde seis e pouca
Eu: O que filha?- perguntei curioso
Babí: Vai saber quando me ver. Às onze e meia Kléber. Beijos- ela desligou
Eu: Ah minha bitch- falei sozinho. Desci novamente para sala
Pai: Falou com ela?- ele perguntou
Eu: Aham, daqui a pouco, lá pra meio-dia vou buscar ela- sentei no sofá denovo e fiquei assistindo um programa que passava
Pai: E o almoço?- olhei para ele
Eu: É...- continuei encarando ele
Pai: Toma- ele pegou a carteira-, leva ela para almoçar fora- ele pegou algumas notas da carteira
Eu: Pai eu tenho dinheiro- sorri para ele
Pai: Mesmo assim- ele jogou algumas notas em mim-. Sempre bom ter a mais
Eu: Tá valeu pai- contei. Tinha cento e oitenta reais. Guardei na minha carteira
Pai: A Babí é uma garota legal. Cuida dela, assim como você cuidou da Gabriela durante esses últimos meses
Eu: Ah- não sabia porque ele tava falando isso. Agente nem namorava-... tá pai- sorri
Pai: Vou dar uma saída, ir lá no trabalho resolver algumas coisas. Até mais tarde filho- ele me abraçou
Eu: Até pai- abracei e sentei no sofá
Continuei assistindo TV enquanto esperava a hora passar. Não tava nem prestando atenção no programa que passava na TV. Estava curioso para saber o que a Babí havia aprontado. Essa garota, meu Deus. Quando era onze e vinte não aguentei. Pulei do sofá, fui ao meu quarto pegar o iPhone no carregador, a chave do carro e saí batido de casa.
Fiquei um pouco mais irritado, quando peguei o bendito engarrafamento que todo dia tinha. Vamos andar mais de ônibus né gente? Barra agora tem BRT poxa. Cheguei na casa da Babí em trinta minutos. Quando parei o carro em frente da casa dela já eram cinco para meio-dia. Peguei o celular e liguei para ela avisando que já havia chegado. Ela pediu para eu esperar um minutinho. Sei, um minutinho.
Uns cinco minutos depois ela saiu de casa com uma mochila nas costas e aí, logo pude perceber essa “surpresa”. Ela havia feito uma tatuagem. tatuagem? É, tatuagem. Abri a porta do carro para ela e ela entrou do meu lado
Babí: Bom dia Klé- ela me beijou no rosto
Eu: É- olhava pra tatuagem dela-... é, boa tarde né?- olhei para ela
Babí: Que foi? Se assustou com a surpresa foi? Linda né?- ela me amostrou
Eu: Aham- eram três rosas enormes no braço esquerdo. Cada uma tinha um desenho diferente dentro da rosa, uma caveira, um diamante e um outro desenho que não consegui identificar
Babí: Ainda falta reforçar mais a parte colorida dela. Gostou?- ela me olhou
Eu: Gostei sim- sorri-. Mas vem cá, você num vai voltar pra Londres? Não vai te prejudicar em nada não?- perguntei
Babí: Ah sim. Por exemplo, em caso de emprego, to fazendo psicologia. Imagina, psicóloga tatuada?- ela riu- Mas tem problema não, vão ter que me aceitar- ela sorriu
Eu: Ai ai- acelerei o carro e sai da frente da casa dela-. Mas ficou bonita sim
Babí: Obrigada Klé. É- ela me pegou meu celular que tava no painel do carro- tá tocando Kléber
Eu: É minha mãe- peguei o celular da mão dela-. O que será que ela quer?- atendi- Oi mãe
Mãe: Filho?- ela tava um pouco rouca
Eu: Mãe? Tá tudo bem com você?- perguntei
Mãe: É... não filho. Aconteceu algo muito ruim
Eu: Como assim mãe?- fui diminuindo a velocidade do carro- O que houve? Aconteceu alguma coisa com você?
Mãe: Não, eu to bem. Pelo menos fisicamente. É... foi com seu pai
Eu: Meu pai? O que aconteceu mãe? Fala logo
Mãe: Ele... ele- pude perceber que ela tava chorando do outro lado da linha
Eu: Mãe- gritei. A Babí olhou assustada para mim
Mãe: Ele sofreu um acidente Kléber- ela contou
Eu: Acidente?- parei o carro no acostamento- E ele tá onde? Onde foi isso?- comecei a fazer várias perguntas
Mãe: Foi no caminho do trabalho. Filho vem pra casa. Por favor. Não quero que você dirija quando eu te contar isso- ela explicou
Eu: Tá mãe, eu vou pra casa- acelerei o carro denovo-. Chego daqui a pouco aí- desliguei o telefone
Acelerei o carro, fui o mais rápido possível para casa. Fui devagar em certos momentos porque a Babí pedia. Cheguei em casa dez minutos depois. Saí correndo do carro e entrei em casa. Vi minha mãe sentada no sofá
Eu: Mãe- chamei ela
Mãe: Filho- ela levantou e veio na minha direção
Eu: O que aconteceu mãe?- ela me abraçou
Mãe: Seu pai... ele... ele morreu Kléber- meu mundo parou
Eu: E-Esp- gaguejei- espera mãe, você não tá falando sério tá?- perguntei
Babí: Klé- ela me chamou
Eu: Oi Babí- olhei para ela
Babí: É verdade sim- ela me abraçou-, os médicos lá da ambulância querem falar com você- ela entregou o telefone para minha mãe
Eu: Babí- abracei ela forte- eu não acredito
Babí: Calma Klé, calma. Vai ficar tudo bem tá?- ela me olhou
Eu: Eu não sei Babí- olhava para ela
Babí: Vai sim bobo- ela me deu um beijo no rosto
Mãe: Tá bom- ela desligou o telefone-... Kléber- ela me chamou-, confirmaram a morte dele- sentei no sofá
Eu: Ai meu Deus- fiquei com a cabeça entre as mãos
Babí: Kléber vamos lá pro seu quarto- ela me puxou e subi as escadas com ela-. Kléber- ela abriu a porta do quarto- agora é- ela olhou pra mim-, desculpa falar assim, mas é tarde demais
Eu: Tá, tudo bem Babí- forcei um pouco, mas, o sorriso saiu
Babí: Ai, que hora eu fui vir para cá em- ela sentou comigo na cama
Eu: Fica assim não Babí, você não tem culpa de nada- peguei a mão dela
Mãe: Kléber- ela bateu na porta do quarto- é... eu liguei, lá pra funerária e tals e... amanhã o enterro
Eu: Tudo bem então mãe. É- olhei para a Babí-... eu queria falar com a Babí, a sós
Mãe: Tudo bem Kléber. Eu já pedi um táxi e to indo para o hospital. Até mais tarde filho- ela fechou a porta do quarto
Babí: O que é Kléber?- ela perguntou
Eu: Eu só queria poder ficar um pouco sozinho com você. Eu vou deitar, um pouco. Depois me acorda tá?- deitei na cama
Babí: Acordo sim Klé- ela sentou na cama e ficou do meu lado
Eu: Esse travesseiro é melhor- deitei sobre a perna dela
Babí: Ai que menino bobo- ela riu, pegou o controle e ligou a TV
Eu: Me acorda lá pras sete, oito horas. Agora eu quero poder descansar um pouco
Babí: Tá Klé, você precisa disso mesmo, descansar- ela sorriu e ficou passando a mão no meu cabelo. Comecei a dormir logo depois

Abri os olhos, não vi ninguém no quarto. A porta tava aberta. Imaginei que a Babí tivesse descido ou indo no banheiro. Levantei da cama, acendi as luzes do quarto e ouvi meu celular tocando. Quando olhei era a Brunna que tava me ligando. A última vez que tinha falado com a best tinha sido lá na boate, a uns três ou quatro dias atrás. Peguei o celular
Eu: Oi best- atendi
Brunna: “Oi best”? Me abandonou e atende falando “oi best”? Muita cara de pau namoral- ela riu do outro lado da linha-. Tudo bem best?
Eu: Sim e você? E naquele dia ficou com o garotão?- perguntei sobre ela e o Felipe
Brunna: “Fiqueeeeei” best- ela prolongou o “e” do “fiquei”-. Foi bom. E você também pelo jeito não passou em branco né?- ela perguntou sobre a Rô
Eu: É, ficamos também- respondi
Brunna: Ah best, eu mais cedo tinha ligado, aí Babí que atendeu e me contou tudo. Que braba em best- ela se referia a morte do meu pai
Eu: É, eu sei- vi a Babí entrando no quarto-. Ela entrou aqui no quarto agora. Amanhã vai ser o enterro
Babí: Vai ser as onze- ela me falou enquanto eu estava no telefone
Eu: Best vai ser às onze- informei a ela
Brunna: Tá eu vou best. Vou desligar porque tá o Fe aqui, vamos sair
Eu: Caramba em tá rápido. Vai lá, beijos, se cuida- respondi
Brunna: Você também best. Beijão- ela desligou
Babí: E aí, melhor?- ela me deu um copo com água
Eu: É, um pouco- respondi. Bebi o copo todo e entreguei pra ela-. Obrigado Babí
Babí: Ai ai- percebi que não tava muito agradável o clima lá em casa
Eu: Hum- pensei-... vamos sair?- foi a única coisa que veio na hora
Babí: Ir aonde?- ela perguntou
Eu: Shopping, cinema, parque... com você vou até no fim do mundo- puta que pariu, to gamando na Babí
Babí: Ai Jesus, que menino bobo- ela riu
Eu: Seu bobo esqueceu?- fiquei encarando ela
Babí: Meu meu meu meu- ela ficou repetindo várias vezes e me deu um beijo no rosto-. Vamos ficar aqui mesmo. Amanhã depois do enterro a gente vai em algum lugar, almoçar, não sei- ela ficou me olhando
Eu: Tá bom- sorri de lado
Babí: Fica assim não Klé- ela me abraçou
Eu: É, tá bem. Eu vou ligar para a Gabi- levantei da cama e peguei o celular
Babí: Tá vai lá- ela ligou a TV
Fui para o corredor de casa, procurei na agenda o número e liguei para ela. Na primeira vez chamou e ela não atendeu. Na segunda também não deu nada. Na terceira vez que tentei, ela atendeu
Gabriela: Oi Kléber- ela atendeu
Eu: Oi Gabi- falei baixo
Gabriela: Aconteceu alguma coisa Kléber?- ela deve ter percebido pelo meu tom de voz
Eu: É... a Alice, ela perdeu o avô- falei logo o que havia acontecido
Gabriela: Ai meu Deus. Seu pai?- percebi que ela havia ficado um pouco surpresa- O que aconteceu com ele?
Eu: Ele sofreu um acidente, como eu. Mas não saiu igual a mim do hospital
Gabriela: Ai Jesus. Enterro vai ser quando?- ela perguntou
Eu: Amanhã- respondi-. As onze
Gabriela: Eu vou para aí então Kl...
Eu: Não- interrompi ela-! Vai ser muito desgastante. Tanto pra você quanto para a Alice- desci as escadas
Gabriela: Tem certeza?
Eu: Tenho sim. Eu to bem- vi a Babí descendo as escadas também
Gabriela: Tá bom então amor. É, depois a gente se fala tá? Melhoras aí tá. Beijo, se cuida Kléber
Eu: Você também se cuida Gabi. Beijo- encerrei a chamada
Babí: É... Kléber- ela me chamou
Eu: Oi Babí- sentei no sofá
Babí: Quer alguma coisa pra comer?- ela perguntou- Posso pedir pizza, fazer alguma coisa ali na cozinha
Eu: Precisa não linda- puxei ela pro sofá-. Não to com fome não, obrigado Babí- dei um beijo em seu rosto e peguei o notbook
Babí: Vai fazer o que?- ela perguntou
Eu: Entrar no Facebook- respondi
Babí: Cade seu iPad?- ela perguntou
Eu: A Víc levou ele para viagem. O seu iPhone, cadê?- perguntei
Babí: Tá aqui, mas tá sem sinal- ela me amostrou
Eu: Entra no Wi-Fi daqui de casa. A senha é “47994819”- ela botou pra conectar
Babí: Oba- havia entrado-, obrigada Klé- ela também entrou no Facebook
Ficamos os dois ali navegando na internet. Vi alguns post’s te pessoas que sabiam da morte do meu pai e me marcaram: em fotos, atualizações de status lamentando a morte dele, mensagens por bate-papo...
“Oi”
Abriu uma janelinha do bate-papo, era a Babí. Olhei para ela e vi ela rindo baixinho. Respondi ela com outro “oi” e fiquei navegando. Fiquei conversando também com o Yury lá no bate-papo e disse que havia ficado com a Giselle também. Droga! Agora vou ter que pagar quinhentos reais para a Roberta- pensei
Chegou uma hora em que a Babí começou com um papo... “estranho”. “Sabe que eu não sei expressar o que eu sinto né?”- ela escreveu. “É, você disse isso outro dia”- respondi. “Então queria te dizer uma coisa”- ela respondeu.
Fiquei olhando para ela, mas ela não olhava para mim. Então decidi responder: “O que?”- perguntei
Babí: Kléber- ela virou para mim-... eu- ela me encarava
Eu: Você o que Babí?- perguntei. Deixei o notbook na mesa
Babí: Eu acho que- ela ainda se interrompia, com dúvida do que iria falar-... eu acho que gosto de você bê- esse “bê” era de “bebê”
Eu: É- olhei para ela surpreso. Eu também tava gostando de ficar com ela. Não sei se também gostava dela, mas era algo diferente, eu sentia que rolava um tipo de “química” entre a gente quando estávamos juntos-... nossa- fiquei sem palavras-. É... Babí- chamei ela
Babí: Oi Klé- ela abaixou a cabeça
Eu: Ei ei- chamei a atenção dela- eu quero te dizer uma coisa também
Babí: O que?- ela continuava de cabeça baixa
Eu: Eu gosto de ficar com você, conversar com você, de sair com você, eu amo seu sorriso- ela levantou a cabeça e olhou para mim-, o jeito que você sorri...
Babí: Esse sorriso- ela me interrompeu- só existe quando eu vejo você- ela se aproximou
Eu: Babí é... eu não sei se posso dizer que “te amo”. Mas digo uma coisa- puxei ela pra mim
Babí: Que?- ela me encarava
Eu: Eu... eu acho que gosto de você também- olhei para ela
Babí: Sério?- ela perguntou
Eu: É, mas assim- fiquei sentado ao seu lado- eu não sei se a gente deve namorar... eu não quero magoar você se eu não puder... corresponder. Entende?- olhei para ela
Babí: Aham, eu entendo- ela se afastou de mim
Eu: Ei, não fica assim- peguei sua mão-. Se for certo, quem sabe num acontece- sorri
Babí: É, quem sabe- ela sorriu
Voltamos a navegar, os dois. Eu no notbook e ela no iPhone. Minha mãe chegou em casa era umas nove e meia. Ela jantou e logo depois foi dormir. Eu desliguei o notbook e deixei ele carregando lá na sala mesmo.
Eu: Babí, eu acho que vou dormir. Amanhã tem que acordar cedo- levantei do sofá
Babí: Espera- ela levantou com o iPhone- eu vou com você- ela sorriu
Eu: Então tá- subimos as escadas
Babí: Boa noite- ela me beijou no rosto
Eu: Vai ficar no de hóspedes, tá?
Babí: Tá- ela me soltou-. Até amanhã então
Eu: Até meu anjo e vai dormir em, vai ficar no face não- dei outro beijo em seu rosto
Babí: Atá- ela riu-. Vou desligar- ela falou ironicamente

Eu fui andando pro quarto devagar,  ele ficava no final do corredor. Quando olhei para trás a Babí também tava me olhando. Ficávamos nos encarando, ela colocou o iPhone no bolso, virou por completo e começou a vir na minha direção. Então, eu já tava um pouco fora de mim, eu só olhava em seus olhos, e também fui até ela, correndo e quando chegamos pertos um do outro, eu segurei ela na cintura, colei seu corpo no meu e nos beijamos.