sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Capítulo 18 - Parte 2 - 01x18/2


Capítulo 18 – Parte 2
______________________Narrado por Victória Rezende________________________

Eu tava com o celular no ouvido, conversando com o Kléber:

Kléber: eu já to indo para casa- ele parou de falar
Eu: Kléber? Kléber, responde- e escutei um barulho forte, muito alto

Eu: Kléber- gritei alto
Gabriela: Victória o que foi?- ela estava descendo as escadas assustada com meu grito
Eu: Acho que o Kléber- eu começei a chorar- acho que ele...- e não consegui mais falar
Gabriela: Ele o que Vic?- ela me perguntou
Eu: Acho que ele, sofreu um acidente de carro- começei a chorar pra valer e abraçei ela
Gabriela: Como assim Vic? Como um acidente de carro?
Eu: Ele tinha saído e foi na casa da minha amiga, Carol. Ela disse que não meio do papo deles, ele começou a falar coisas que não tavam batendo e me disse que ele tinha saído nervoso e rápido. E quando eu tava falando com ele realmente tava nervoso
Gabriela: Vic, olha pra mim, vai lá chamar seu pai
Vic: Tá bom- tentei dar um sorriso mais não conseguia.
Fui até o quarto do meu pai, bati na porta e entrei. Expliquei para ele toda a história e ele se arrumou rápido e me colocou no carro. A mãe do Kléber e a Gabriela vieram junto comigo. Meu pai ligou o carro e saiu rápido
Eu: Pai, dirigi devagar, por favor- eu ainda chorava um pouco
Mãe do Kléber: Ela tem razão Kléber- eu até achei engraçado mesmo naquele momento
Pai: Ele falou pelo menos aonde tava?- me perguntou
Eu: Não mais ele tinha acabado de sair da casa da minha amiga
Gabriela: Você por caso pediu ele pra ir lá?
Eu: Não, ele foi por vontade própria.
Pai: É, ele tava estranho naquela hora que agente saiu
Eu: É, é verdade- eu olhava pelo vidro do carro e vi, uma aglomeração de gente por perto-. Pai, vira à direita
Gabriela: Ah não
Pai: Que foi gente?- ela fazia a curva e quanto entrou na rua viu- Droga- ele acelerou
Eu: Ai meu Deus- ele parou o carro perto
Gabriela: Calma tá? Ficar nervosa agora não vai ajudar Vic
Eu: Tudo bem- saimos os quatros do carro e fomos em direção a multidão
Gabriela: Ai meu Deus parece ser grave Vic. Tem muita gente- agente passou por dentro da multidão e vimos tudo
Eu: Não- eu começei a chorar denovo. O carro do meu irmão tava de cabeça pra baixo. Os bombeiros já estavam lá colocando ele dentro da ambulância
Gabriela: Vic, calma calma tá bom?- ela também deixava umas lágrimas sairem dos seus olhos-. Olha bem pra perto do carro. Aquele que tá conversando com um bombeiro não é o...
Eu: O Yury- interrompi ele-. Yury- gritei e ele olhou para nós duas
Gabriela: É ele- ele veio até agente
Yury: O que vocês tão fazendo aqui? Liguei para a casa de vocês e nada
Eu: Como você chegou antes da gente?
Yury: O Kléber... ele me ligou logo depois do acidente. Não falou muita coisa, só que tinha sofrido o acidente e o lugar que tava. E como eu tava por perto eu liguei pros bombeiros e vim pra cá
Eu: Eu tava falando com ele na hora do acidente e quando ele não respondeu mais eu desliguei
Yury: É, ele me disse algo assim. A sorte dele é que ele tava de cinto de segurança e também porque o air-bag foi acionado essas coisas
Gabriela: Mas ele? Tá acordado? Como ele tá Yury?
Yury: Então... ele tá desacordado. Acho melhor agente ir pros nossos carros. Meus tios tão aí?
Eu: Sim mas eles devem ter ido à algum lugar
Yury: Então, fala com eles que ele tá indo pro hospital. Eu vou falar com o bombeiro que vou no meu carro e que os pais deles já estão aqui e também vão de carro. Manda seu pai seguir agente Vic
Eu: Tá bom Yury, vamos lá Gabi- agente saiu do meio da multidão e vimos meu pai e minha madastra também saindo
Gabriela: Ei- ela gritou pros dois
Pai: Oi gente como vocês tão?
Eu: Eu to mal pai. É o Yury disse o seguinte, que agente...- expliquei tudo a ele.
Entramos os quatros no carro e esperamos a ambulância sair. Agente esperou uns 10 minutos até a ambulância sair com o carro preto do Yury atrás. Fomos seguindo eles.
Chegamos no hospital em uns 20 minutos, por causa da droga do trânsito que tava um pouco engarrafado
Descemos nós quatro do carro e o Yury no carro da frente. Entramos dentro do hospital e ficamos esperando notícias na sala de espera.
Pai: Yury, obrigado por tudo que você fez
Yury: Era minha obrigação. O Kléber chegou a me ligar depois do ocorrido me falando aonde tava e eu chamei a ambulância. Era a única coisa a fazer
Mãe: É mais dá pra ver que você amadureceu bastante sobrinho- ela apertou a buxexa
Yury: Aqui não né tia- ele soltou um sorriso meio sem-graça
Eu: Será que vai demorar muito?- sentei com a Gabi em uma das cadeiras
Gabriela: Espero que não. Não gosto dessa demora
Eu: É nem eu. Meu Deus, o que o Kléber fez?
Gabriela: Engraçado...
Eu: Não tem nada engraçado Gabi- olhei para ela
Gabriela: Não, não a situação. Mas o que eu disse pra ele antes dele sair
Eu: E o que você exatamente disse?
Gabriela: “Não corre muito em”- ela me respondeu
Eu: Ah tá... mas ele nem corria muito, pelo menos comigo- completei
Gabriela: A mesma coisa ele disse- ela deu um sorriso forçado
Médico: Família do paciente Kléber Rezende Júnior
Pai: Somos nós- ele apontou pra mim e para Gabi também
Médico: Então, já tenho notícias- eu e a Gabi levantamos e ficamos ao lado do Yury
Eu: Ficamos quase uma hora esperando em- falei para a Gabi
x.X.x: Gente o que aconteceu com meu Best?- era a Brunna, tava chegando
Yury: Agente vai saber agora Brunna
Brunna: Atá, ainda bem que achei vocês
Yury: Vem cá meu amor- ela ficou do lado dele abraçando-o
Gabriela: Vem cá Vic, eles num tinham terminado?- ela me perguntou
Eu: Esses dois se amam Gabi. E nessas horas agente nem lembra disso..
Médico: Então, o Kléber sofreu um acidente de carro. Segundo testemunhas ele teria tentado fazer uma ultrapassagem e encontrou um outro carro de frente e tentou, voltar pra pistar mas parece que o carro capotou e não se sabe o porque
Eu: Doutor, pode dizer logo o que aconteceu?- falei alto
Médico: Então- ele me olhou com uma cara feia
Eu: Cara feia pra mim é fome- sussurei para a Gabi
Gabriela: Shiii- ela tentava não ri
Médico: Então, eu tenho uma notícia boa e outra ruim
Brunna: Nossa, sempre tem isso. Tá parecendo filme- ela percebeu que tava abraçada com o Yury-. Ei
Yury: Que foi minha filha?- ele olhou para ela
Brunna: Me solta- ela se aproximou da gente-. Oi Vic, oi Gabi
Pai: Começa pela boa então doutor
Médico: A boa é que seu filho não corre risco de vida e que não terá sequelas
Eu: Ai, que bom- falei alto
Médico: Mas a ruim, é que ele tá desacordado, e nós não sabemos quando ele irá acordar
Pai: Como assim Doutor?
Médico: Ele está, resumindo, em coma
Gabriela: Em coma?
Eu: Não sabe quando ele vai acordar? Não, não é possível.
Yury: Vocês não tem nada que possa, num sei, algo que passo acorda-lo?
Médico: Não. Infelizmente não temos
Mãe: Nem algum tipo de previsão?
Médico: Não. Tem casos que duram dias, outros semanas, outro meses e alguns à anos e outros, as pessoas não chegam à acordar
Todos nós seis ficavam se olhando. Sem entender aquilo que tava acontecendo. Queríamos, queríamos que ele estivesse ali com agente e não numa cama em que ele estaria dormindo. Não vendo e nem se quer ouvindo o que agente podia estar falando. E eu sabia que a Gabriela queria mais que todos, que ele acordasse o mais rápido possível. Para poder ver o nascimento da filha deles

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Capítulo 18 - Parte - 01x18/1


Eu: A Roberta?
Gabriela: É Kléber, a Roberta
Eu: O Yury trouxe ela para cá depois da festa de ontem porque ela bebeu muito e ele trouxe ela. Eu não tive nada haver com isso tá Gabi?
Gabriela: Rum- ela fez um bico- que bom
Eu: Ah, minha linda ficou com ciúmes- abraçei ela
Gabriela: Fiquei- ela sorriu
Eu: Precisa não tá?- dei um beijo nela
Brunna: Oi Gabi
Gabriela: Ah.. oi Brunna
Brunna: Best, eu vou lá pra sala tá bom
Eu: Atá pode ir. Só não atrapalha o Bernardo e a Josy hahaha- ri
Brunna: Bobo- ela desceu as escadas
Eu: Engraçado...
Gabriela: O que?- ela perguntou
Eu: A única pessoa que não vi hoje foi a Vic. Será que ela tá dormindo ainda?- fui até o quarto dela-. Nada aqui. Hum.. também não vi meu pai nem minha mãe
Gabriela: Então eles saíram juntos
Eu: É, só pode- sorri-. Isso é bom
Gabriela: Sua mãe não “aceita” o que seu pai fez né?
Eu: É pois é.
Gabriela: E eu?
Eu: O que tem você?
Gabriela: Ela aceitou o que aconteceu? Eu estar grávida
Eu: Ah Gabi, não sei
Gabriela: É chato né? Ficar nesse clima... aliás, hoje 6 meses
Eu: Hoje? E você nem me disse nada
Gabriela: Não- ela riu
Eu: Ah minha linda- dei um beijo nela- tá chegando então- abaixei e dei um beijo na barriga dela
Gabriela: Bobo- ela sorriu
Eu: Bobo de vocês duas- dei um sorriso pra ela-. Então, agente vai a praia?
Gabriela: Eu não sei Kléber. Acho melhor hoje não
Eu: Tá bom. Mas eu vou sair tá? Vou na casa de uns amigos meus
Gabriela: Tá bom então
Eu: Você tá bem? Achei que você ia pedir para ir junto
Gabriela: Tô bem seu bobo. Eu só não tô muito afim de sair hoje entendeu?
Eu: Tá minha linda- peguei a chave do carro que tava em cima da mesinha no corredor e coloquei no bolso-. Eu vou lá tá?
Gabriela: Tá bom. Não corre muito em
Eu: E eu ando muito rápido?- ri
Gabriela: Não mas toma cuidado- ela me deu um beijo rápido
Eu: Tá, e você também
Gabriela: Vai lá- ela me deu um sorriso
Eu: Tchau- sorri para ela devolta
Sai de casa e fui até a garagem entrar no carro. Antes joguei um bola de futebol que tava no quintal e devolvi pro vizinho. Entrei no carro, liguei ele e saí de ré. E derrepente...
Eu: Merda- gritei e abri a porta do carro
Pai: Ô Filhão, dando mole é?
Eu: Eu? Pô, foi mal mas você que veio entrando com o carro
Pai: E você não viu o carro apontando na entrada?
Eu: Não, não vi- respondi
Pai: Sorte que bateu no meu carro
Eu: É, grande sorte
Vic: Vão brigar é?
Eu: Ninguém tá brigando aqui irmã
Vic: Ah, eu em- ela passou entre eu e meu pai correndo
Mãe: Acho que ela tá naqueles dias
Eu: Ah, entendi mãe
Pai: Olha, tudo bem, depois agente acerta tudo. Vai lá filhão- ele deu a ré no carro dele permitindo a minha passagem.
Entrei no meu carro e saí de ré. Buzinei para ele agradecendo. Liguei o rádio do carro colocando numa rádio. Peguei meu celular no bolso e liguei para o Ivan

Ivan: Alô
Eu: E aí cara, é o Kléber. Tá em casa?
Ivan: Po, até tô mas vou sair daqui a pouco
Eu: Já é então cara. Abraço, depois agente se fala
Ivan: Já é, abraço

Coloquei na minha agenda e liguei para a Carol Loyola

Carol: Alô
Eu: Carol? É Kléber. Tudo bem?
Carol: Oi lindo. Tudo bem sim. O que mandas?
Eu: Tá em casa?
Carol: Tô sim , por que?
Eu: Posso passar aí?
Carol: Claro Kléber
Eu: Tá bom então. Daqui à uns 10 minutos tô chegando aí
Carol: Tá bom então
Eu: Beijo, tchau
Carol: Beijo

Coloquei o celular no painel, atrás do volante e prestei mais atenção no trânsito. Peguei um pequeno congestionamento e demorei uns 15 minutos pra chegar. Parei o carro de frente pra casa dela. Peguei meu celular, sai do carro e tranquei tudo. Cheguei no portal e toquei o interfone. Falei com a própria Carol, avisando que já estava lá
Carol: Kléber- ela me abraçou
Eu: Oi linda
Carol: Entra entra- ela me empurrou
Eu: Calma. O que foi? Tem alguem me seguindo?
Carol: Não, é porque agente não se vê à algum tempo e temos que colocar nossas conversas em dia
Eu: E eu só precisava sair um pouco- sussurei-
Carol: Vem cá, aquela menininha tá grávida mesmo?
Eu: É po, vai dizer que você não sabia?
Carol: Sabia mas por boatos- ela abriu a porta de casa-. Nossa como a Rô ficou quando soube
Eu: Ela tava comigo na hora...- respondi
Carol: Nossa- agente entrou na casa
Eu: E também terminou comigo na hora- completei
Carol: Ela deve ter ficado bem chateada
Eu: Pois é- sentei no sofá
Carol: Ela conversou comigo outro dia, ainda tava bem chateada
Eu: Eu tentei falar com ela depois mas ela nem quis saber me botou pra fora da casa dela.
Carol: E você? Vai ficar com essa Gabriela?
Eu: Ainda não sei cara, mas eu to passando a gostar dela, a ficar mais perto, mais próximo dela
Carol: Atá. Final do ano tá chegando em... vai passar?
Eu: Hahaha- deu uma risada- eu acredito que sim só matemática que quem sabe eu pegue uma recuperação. Tenho que tirar 7,5
Carol: Ah tranquilo po
Eu: Pra você que não teve nenhum desses problemas
Carol: É, sua cabeça deve tá cheia em...
Eu: É...- começei a lembrar do dia anterior e lembrei do Tiago falando “Pode ficar tranquilo que hoje vim em paz. Outro dia qualquer agente discute aquele assunto” Outro dia? Hoje, é claro- Carol, tenho que ir
Carol: Como assim? Você acabou de chegar
Eu: E a Gabi tava nervosa quando eu cheguei em casa e quando ela me enviou aquela mensagem- falei alto
Carol: O que você tá dizendo?- ela não entendia nada
Eu: Nada Carol, nada. Eu tenho que ir agora- dei um beijo no rosto dela e sai correndo da casa dela e pensei “ela não tinha passado mal. Ele já tinha ido lá. Então...”- O filho pode ser dele sim- entrei no carro, coloquei o cinto de segurança e sai dirigindo rápido
“Não, a Gabi falou que a filha é minha. Ela falou. Mas eu não tenho nenhuma coisa concreta que dizia isso” pensei. Passei vários carros, por ultrapassagens. Meu celular tocou, era a Vic. Ela era da sala da Carol

Eu: Que foi Vic?- atendi nervoso
Vic: Kléber calma. A Carol me ligou falando que você saiu daí correndo
Eu: Vic tá tudo bem tá- passei  o carro para o outro lado para fazer uma ultrapassagem- eu já tô indo pra aí- vi um outro carro vindo na minha direção e tentei voltar pra pista certa....
Vic: Kléber?Kléber responde