Capítulo 2 - 02x02

Eu: Roberta?- chamei para ver se era ela

Roberta: Kléber?- pois é.

Era ela mesma e estava beijando um garoto que eu conhecia. Aquele rosto não me era estranho. Aí lembrei quem era aquele garoto. Era o Lucas. Um que inclusive tava na festa que eu e a Roberta brigamos quando tivemos nosso primeiro caso.

Eu: Bom dia né?- abri o carro

Roberta: É- ela parecia estar sem graça. O Lucas tava quieto

Eu: Que foi gente? Podem continuar você dois

Lucas: Eu tenho que ir Rô. O sinal já bateu. Tchau Kléber- ele falou comigo

Eu: Tchau- respondi

Roberta: Kléber eu só...

Eu: Você só o que?- à interrompi- Roberta entenda, você é livre para fazer o que quiser. Você não é, e a muito tempo, minha namorada. Não tem que me dar satisfação nenhuma- fui na direção dela

Roberta: Tá, eu sei. Mas eu nunca passei por uma situação assim entendi? E...- ela não sabia mais o que falar- enfim, é isso

Eu: Tudo bem Roberta. O Lucas é um cara legal. Fico feliz por você tá com ele- dei um sorriso para ela

Roberta: Ah... obrigada. E como tá a sua filha?

Eu: A Alice tá bem

Roberta: Alice? Que nome bonito- ela me deu um sorriso também

Eu: Olha, isso não vai machucar ninguém nem tirar pedaço. Você quer me abraçar?- perguntei à ela

Roberta: Sério?- ela se aproximou

Eu: Aham. Até porque as nossas últimas conversas não foram nada agradáveis

Roberta: É verdade- ela concordou-. Então tá bom- ela me abraçou

Eu: Espero que agente seja amigos. Bons amigos

Roberta: Eu também. Mas sabe que eu estava com saudade desse seu abraço?- ela me olhou

Eu: É, mas não se acostuma não tá?- eu ri

Roberta: Tá bom então- ela me respondeu

Eu: Agora eu preciso ir para a casa. Tchau Rô

Dei outro abraço nela, entrei no carro e sai do estacionamento do colégio. Na rua agora tava tudo tranquilo naquela hora. Cheguei em casa bem rápido

Eu: Gabi- gritei o nome dela

Gabriela: Oi Kléber- ela descia as escadas

Eu: Vem cá, Alice só dorme?- eu ri

Gabriela: É puxou o pai- ela riu também

Eu: Ai meu Deus- joguei a chave em cima da mesinha e sentei no sofá

Gabriela: Mentira, ela tá lá no berço deitada. Hum..- ela me agarrou por trás e beijou meu pescoço- agente tem um momento só nosso- ela pulou o sofá e ficou do meu lado

Eu: É minha linda?- dei um sorriso para ela

Gabriela: Aham- ela me deu um sorriso também

Me aproximei dela e à beijei, acariciando seu corpo. Tirei a sua blusa e fiquei sobre ela no sofá. Ficamos se agarrando no sofá, quase sem roupa mas aí minha mãe chegou e interrompeu

Mãe: Kléber- ela gritou

Eu: Mãe?- eu e a Gabi só estávamos com a parte debaixo da roupa. Ela se cobriu com a minha camisa

Mãe: O que você tá fazendo?- ela perguntou

Eu: Você viu o que eu tava fazendo e o que iria acontecer depois- respondi

Mãe: Você é apenas uma...

Eu: Uma o que?- não deixei ela terminar de falar- Uma criança? Eu cresci mãe e achei que você já sabia disso à algum tempo- terminei de falar

Gabriela: Kléber, não exagera por favor- ela falou baixo no meu ouvido

Pai: Acontecendo alguma coisa aqui?- ele entrava na sala

Eu: Nada- eu me levantei e coloquei a bermuda

Mãe: Eu peguei nosso filho quase, quase... você sabe, fazendo aquilo

Pai: Querida, na idade deles é normal praticamente. Ainda mais que o Kléber já tem uma filha, é normal

Mãe: Não, não é

Eu: Quer saber? Se for para ficar nesse “blábláblá” eu não quero mais ficar aqui- peguei a mão da Gabi enquanto ela se vestia

Gabriela: Kléber, calma. Pensa no que você tá falando- ela me puxou

Eu: Eu sei o que estou fazendo Gabi- eu olhava nos olhos delas

Gabriela: Kléber você não sabe- ela gritou-, por favor pensa- agora abaixou o tom-. Tem a nossa filha, não é somente nós dois

Eu: Tá bom- falei para ela e me virei para meus pais-. Quer saber? Me desculpa. Eu e ela deveríamos estar em outro lugar- puxei a Gabi e subimos as escadas

Gabriela: Kléber você ficou doido?- ela abriu a porta do nosso quarto

Eu: Não Gabi, eu não estava- respondi-. Agente teria mais liberdade num lugar só nosso

Gabriela: Ah é? E que lugar seria? Até porque nem emprego você tem- ela fechou a porta com força

Eu: Vai jogar na cara é?

Gabriela: Não to jogando na cara. Só estou falando para você se ligar. Agora você tem uma filha lembra?

Eu: É você tá certa Gabi. Não vamos discutir por causa disso até porque- sentei na cama-, se minha mãe não tivesse aparecido, agente já tinha feito aquilo

Gabriela: Tá, você tá certo também- ela sentou do meu lado

Eu: Nove horas da manhã e agente teve uma briga daquelas em?

Gabriela: É, pior que foi- ela riu-. Por que seus pais chegaram cedo?

Eu: Eles hoje não iam trabalhar. Eles tinha ido no mercado. Eu não me liguei nisso- a Alice começou a chorar

Gabriela: Deixa eu pegar ela- ela se aproximou até o berço e pegou a Alice

Eu: Senta aqui do meu lado- chamei ela

Gabriela: Tá espera- ela sentou do meu lado com a Alice mamando no seu peito

Eu: Ela é linda como a mãe- dei um sorriso para as duas

Gabriela: E preguiçosa como o pai- ela me deu um selinho

Eu: Ah nem sou tão preguiçoso assim. Vem cá, quando que é o médico dela?- perguntei

Gabriela: Então hoje é dia...?

Eu: É hoje- me levantei rápido-. Espero que ela também não seja esquecida como nós dois

Gabriela: Tá. Eu vou colocar uma roupa nela e agente vai

Eu: Tá bom, eu já to pronto. Vou esperar vocês duas lá em baixo- sai do quarto

Fiquei na sala esperando as duas. Meus pais transitavam pela casa arrumando as coisas que eles haviam comprado. A Gabriela desceu com a Alice e uma bolsa no ombro. A gente saiu de casa, fomos para o carro e saímos de casa em direção ao consultório da pediatra dela. A gente ficou preso por um tempo por causa do trânsito

Eu: Apagou- falei

Gabriela: Pois é- ela olhou para a Alice-. Preguiçosa igual ao pai- ela me olhou

Eu: Ah, num tá bom não?- sorri

Gabriela: Claro que tá meu amor- ela me beijou

Eu: Ela tá linda igual a você sabia?- voltei a dirigir

Gabriela: A amor, nem tanto né? Eu não sou tão linda assim

Eu: Claro que é- dei um selinho rápido nela

Gabriela: Chegamos amor- parei o carro em frente ao consultório

Eu: Pega a Alice- sai do carro e fiquei esperando ela do lado de fora

Entramos dentro do “prédio” que ficava o consultório. Ficamos esperando por um tempo na sala de espera. Tinha bastante gente esperando para ser atendido. Depois de um pouco mais de uma hora esperando, chamaram pelo nome da Alice. Fomos em direção ao consultório e entramos juntos no consultório e tive uma surpresa.

x.X.x: Bom dia

Eu: Bom dia Dout...- então, a doutora melhor dizendo, pediatra, era a Giselle,  minha ex-namorada- Giselle?

Giselle: Kléber Rezende- ela se levantou da cadeira e me abraçou-. Tudo bem?

Eu: To bem sim- respondi

Giselle: A quanto tempo agente não se vê- ela me abraçou

Eu: Pois é. Essa aqui é a Gabriela e minha filha Alice

Giselle: Filha? Que isso Kléber- ela se espantou

Eu: Pois é- me sentei na cadeira ao lado da cadeira

Giselle: Então, o que os trás aqui?- ela sentou na cadeira

Gabriela: Viemos só para fazer um exame periódico

Giselle: Ok então. Coloquem ela ali em cima- ela amostrou a cama

A Gabi e eu levantamos da cadeira. Giselle ficou olhando ela, usando aqueles aparelhos para ver ela, essas coisas.

Giselle: Então, tá tudo bem com a filha de vocês tá?- ela olhou para mim

Eu: Tá bom então Giselle. Então agente já vai indo

Giselle: Tá bom então gente, tchau

Gabriela: Tchau Doutora- ela olhou para mim com a Alice no colo

Eu: Gi tchau- abracei ela-. Até a próxima

Giselle: Até- ela sorriu e sai do consultório com a Gabi

Voltamos para o carro em silêncio, sem falar, nem eu, nem ela. Colocamos a Alice na cadeirinha e entramos um do lado do outro.

Eu: O que foi Gabi?- me virei para ela

Gabriela: O que foi o que?- ela olhou para mim

Eu: Você tá quieta, sem falar desde que passamos naquela porta. O que aconteceu?- perguntei aumentando o tom de voz

Gabriela: Ah Kléber fiquei com ciúmes. Vocês pareciam bem mais que amigos- ela virou o rosto

Eu: É agente já foi mais que isso sim- ela ia me interromper-... Mas- não deixei ela falar- hoje agente é só amigo. Eu amo você, v-o-c-ê- soletrei para ela- entendeu?

Gabriela: Ai tá bom Kléber

Eu: Minha coisa linda ficou com ciúmes- me aproximei dela e deu um beijo

Gabriela: Tá tá Kléber- ela parou o beijo-. Vamos para casa- ela colocou o cinto

Mesmo rindo, liguei o carro e fui para casa. Na rua tava tudo no normal, nenhuma novidade nas coisas. Parei em frente de casa e peguei a Alice no colo. Entrei em casa, deixei a Alice com a Gabi e sentei no sofá.

Mas não dava nem para descansar. Já eram meio-dia e meia e tinha que ir buscar a Vic no colégio. Avisei a Gabi que ia para a escola e sai com o carro de casa. Peguei um trânsito brabo na ida, mas consegui chegar no colégio. Quando cheguei tava a Vic e o Gabriel se beijando bem na frente da entrada do colégio

Eu: Ei ei ei ei- chamei a atenção dos dois-, Vic e Gabriel

Gabriel: Ih fudeu- escutei ele falar para a Vic

Vic: Kléber que foi?

Eu: Sabem que não podem beijar aqui né?- cumprimentei o Gabriel

Vic: Vai dá uma de papai é?- ela me beijou no rosto

Eu: Não, só to dizendo que vocês não deveriam se beijar aqui- me liguei que o Gabriel tava meio assustado-. Aí cara, que tal passar o dia lá em casa com a Vic?

Gabriel: Hã?- ele olhou para mim

Eu: “Vambora”, eu levo você agora

Gabriel: Tá, eu... eu aceito- ele sorriu para a Vic

Vic: Então vamos, não temos tempo a perder- ela pegou o namorado pelo braço e levou até o carro nisso, eu vi o Lucas saindo do colégio

Eu: Vic, espera cinco minutos, é rapidinho- avisei a ela-. Lucas, Lucas- gritei o nome dele e corri

Lucas: Oi cara- ele me viu

Eu: E aí, tudo tranquilo?- apertei a mão dele com a respiração ofegante

Lucas: Tá, tá tudo bem. O que mandas?- ele ficou apoiado na beirada de um carro

Eu: Eu só queria falar boa sorte para você

Lucas: Boa sorte?- ele franziu o rosto

Eu: É, no seu namoro com a Roberta

Lucas: Ah valeu cara

Eu: De boa, faça ela feliz. É o que eu faria se não tivesse acontecido tudo que aconteceu

Lucas: Que isso cara, até para mim foi um pouco difícil porque a Roberta depois do que aconteceu com ela, entre vocês dois, sofreu bastante e eu dei apoio quando ela precisou. E quando vi, agente já tava mais próximo e aconteceu o que aconteceu- ele se aproximou de mim e colocou a mão no ombro- e olha, quando precisar falar com ela, sair com ela até, pode ficar tranquilo ok?

Eu: Como assim? Não entendi cara

Lucas: Olha, não vou ficar controlando a amizade de vocês dois. Eu não sou controlador. Então, agente pode ser amigos então?

Eu: Claro cara- ainda tava meio confuso pelo o que ele falou. Ele me deu um abraço

Lucas: Agora tenho que ir embora para casa. Tem muita coisa para se fazer para amanhã

Eu: Deu mole em, repetiu

Lucas: Pois é. É a Vida Kléber

Eu: A de adolescente, a nossa vida, é bem mais complicada. Quer uma carona?- amostrei o carro para ele

Lucas: Não valeu, é perto minha casa. Vou lá, abraço- ele me deu as costas e saiu caminhando pela rua

Eu: Hum- caminhei até o carro

Vic: Eram só cinco minutos lembra Kléber?- ela tava em pé do lado de fora do carro

Eu: Tá, a gente já vai. Estava falando com o namorado da Roberta

Vic: O QUE?- ela quase deu um treco- Ela nem me falou nada. Depois vou falar com ela urgente- a Vic entrou no carro junto comigo só que no banco de trás

Sai com o carro, olhei no relógio era uma e dez. O meu telefone tocou e dei para a Vic atender. Ela me disse que era o Yury avisando que ia lá em casa. Passamos na casa do Gabriel para ele não precisar levar a mochila do colégio lá para casa. Enquanto ele e a Vic entravam na casa, eu fiquei no carro esperando os dois. A Gabi me ligou avisando que o Yury já estava lá em casa. Os dois voltaram para o carro e voltei a dirigir. Deixei o carro na garagem e entrei em casa com os dois

Yury: “Po” cara e aí?- ele veio logo falar comigo- Preciso falar com você, vamos lá para a sala de jogos- ele não deixava eu respirar

Eu: Tá calma- deixei a chave do carro e o celular na mesinha-. Primeiro deixa eu falar com minhas princesas- dei um beijo na Gabi e um no rosto da Alice- e agora agente vai Yury- fui com ele até a sala de jogos

Yury: É, vamos- ele me empurrou pelo corredor e entramos na sala de jogos

Eu: Que desespero todo é esse cara?- peguei um taco da sinuca

Yury: Cara, tu viu quem voltou?

Eu: Quem voltou? Não. Quem voltou?

Yury: Cara a Giselle, a Giselle voltou e tá muito gostosa maluco

Eu: Ah, tu tá falando da Giselle? Eu falei com ela hoje- fiquei rindo. Ele tava maluquinho

Yury: E a Gabi não ficou brava?

Eu: Ficou até com ciúmes, porque foi ela que consultou a Alice e eu e ela já fomos namorados...

Yury: Para tudo- ele me interrompeu-. Ela é pediatra? Meu Deus

Eu: Meu Deus o que?- olhei para ele segurando o riso

Yury: Eu queria ser um bebê agora, só para tá bem perto daqueles... meu Deus- ele não terminou a frase

Eu: Cara, a quanto tempo você não come uma mulher?- eu ri quando perguntei

Yury: Alguns meses atrás, acho que a última pessoa que eu... não que comi, não gosto de falar essa palavra quando falo nela, mas a última pessoa que fiquei foi a Brunna que na época, era minha namorada- ele pegou um taco

Eu: É... realmente faz tempo- dei a primeira tacada

Yury: Falou com a Brunna hoje?- ele também deu uma tacada

Eu: Não, nem falei. Ela disse que vinha aqui quando chegasse- parei para olhar bem ele depois que dei mais uma tacada-. Tu chegou aqui falando sobre a Giselle, que ela tá gostosa e tal, mas...

Yury: Que foi? Por que tá me olhando com essa cara?

Eu: Você ainda gosta da Brunna. Tá na cara

Yury: Tá eu gosto- ele confessou-. Não sei com o que eu tava na cabeça naquela noite cara. Se arrependimento matasse...- ele até guardou o taco

Eu: Você já estava morto HAHAHA- dei uma risada-. Vai jogar mais não?

Yury: Nem vou cara. Vou lá assistir TV, onde tá o povo

Eu: Tá bom- joguei o taco sobre a mesa de sinuca-. Vamos lá- apaguei as luzes

Yury: Ah- ele bateu no meu braço- a Roberta tá namorando o tal Lucas, aquele...

Eu: Cala a boca fofoqueiro, já sei disso- interrompi ele e comecei a rir

Yury: Ih... que fofoqueiro o que meu filho. Só bem informado isso sim

x.X.x: BEEEEEEEEEEEESTT- ela me viu quando eu e Yury saímos do corredor

Yury: Eu acho que vou voltar a jogar sinuca- ele falou baixo no meu ouvido

Eu: Vai ficar aqui maluco. Seja homem caralho- eu ri

Brunna: Caramba que saudade cara- ela me abraçou

Eu: Eu também tava Best- dei um beijo no rosto dela

Brunna: Oi Yury- ela olhou para ele quando parou de me abraçar

Yury: Oi Bruh- ele sorriu de lado, mas os dois se abraçaram

Eu: E aí Babi- chamei ela

Babí: Oi oi KléKlé

Eu: Como foi a viajem?- perguntei a ela

Babí: Foi boa, legal- ela respondeu

Eu: Impressão minha ou vocês duas estão mais loiras? Melhor dizendo, você tá mais loira e a Brunna ficou, ficou loira

Babi: Pois é, ela quis dá uma mudada e eu aproveitei e clariei mais também

Eu: Hum...- me virei para a Brunna- o Best, você nem pra me perguntar se eu gostaria ou não de ver você loira- dei língua para ela

Brunna: Best, eu faço o que eu quero tá? Eu queria dá uma mudada e mudei- ela se virou para o Yury e os dois ficaram conversando

Babí: Podia ter ficado sem essa KléKlé

Eu: É, pois é, eu podia- eu ri de mim mesmo-. Vem cá, será que esses dois tem jeito ainda?- perguntei falando sobre o Yury e a Brunna

Babí: Olha KléKlé, depois do que ele fez, na minha festa inclusive, a Brunna não tá afim de voltar não. O Yury vai ter que se esforçar muito para ter ela de volta- ela sentou no sofá me olhando

Eu: É. O pior é que ele tá arrependido. Pelo menos eles tão se falando ali- apontei os dois para ela

Babí: Pois é

Gabriela: Kléber vou levar a Alice lá pra cima para ver se ela dorme tá?

Eu: Tá amor- dei um selinho nela

Babí: Ai KléKlé posso conhecer sua filha?- ela se levantou

Eu: Claro que pode- a Gabi deu a Alice para ela

Babí: Nossa, ela tá a sua cara- ela sorriu e ficou brincando com a Alice-. Ela tá com quantos meses mesmo?

Eu: Quatro- respondi

Babí: Aqui Gabi- ela entregou a Alice para a Gabriela

Gabriela: Deixa eu ir lá que tenho certeza de que ela daqui a pouco já vai tá no sono

Eu: Não duvido muito, preguiçosa igual ao pai- vi a Vic subindo as escadas com o namorado-. Vocês dois vão aonde?- perguntei

Vic: Vai dá uma de papai, Kléber?- ela me respondeu com outra pergunta

Gabriel: Agente vai para o quarto- ele respondeu

Eu: Ó, juízo vocês dois em- não respondi a Vic e os dois subiram as escadas juntos com a Gabi e a Alice

Babí: Vic tá crescendo em- ela chamou minha atenção

Eu: Pois é, e ela tem que se cuidar

Babí: É, isso é verdade Kléber- ela concordou comigo

Yury: Babi eu to saindo, você vai querer ir ou vai depois que nem a Brunna?

Eu: Você vai ficar?- perguntei para a Brunna

Brunna: Vou sim- ela respondeu

Babí: Tá, eu vou com você. To cansada e quero voltar pra casa. To morrendo de saudades também

Yury: Ok valeu cara- ele me abraçou e pegou as coisas da Babí-. Tchau Brunna- ele se despediu dela

Babí: KléKlé, beijinhos- ela me deu vários no rosto

Eu: Vai lá neném- sorri. Eu adorava conversar com a Babí. E os dois saíram de casa e ficou eu e a Brunna na sala

Brunna: E aí Best, o que fez nesse tempo todo que viajei?- ela se ajogou no sofá

Eu: Ah, o de sempre- sentei do lado dela

Brunna: Best, eu tenho que te contar uma coisa- ela se aproximou de mim e ficou de pernas cruzadas

Eu: O que foi que aconteceu em?- perguntei

Brunna: Eu fiz uma loucura... e que loucura Best

Eu: Anda fala logo, o que foi que você fez menina?

Brunna: Eu fiquei com uma menino em Sampa

Eu: Hã? Como assim Best?

Brunna: Ué, como assim? Vou ter que ser mais clara? Eu passei a noite com ele entendeu?- ela me perguntou com vontade de rir

Eu: Você tá mudada mesma em. Ficou loira, agora me fala que também ficou com um garoto lá em São Paulo. Tá que tá em

Brunna: A para seu bobo- ela riu-. Tá eu admito que mudei mesmo. A Gabi vai ficar lá em cima?- ela perguntou

Eu: Não sei Best. Ela disse que ia colocar a Alice para dormir- eu me aproximei dela-. Por que tá me perguntando?

Brunna: Ah sei lá- ela se levantou e sentou no meu colo-. Como você disse- e me prendeu no sofá- eu mudei muito- ela se aproximava mais de mim

Eu: Best?- eu olhava nos olhos delas- Best?- ela continuava se aproximando- Brunna Bittencourt?- ela arregalou os olhos para mim

Brunna: Ih... num gostou não?- ela perguntou

Eu: Não, não gostei. Agora não to apenas namorando. Eu tenho uma filha, pessoas para cuidar entende.

Brunna: Não foi só eu que mudei né?

Eu: Você não tá falando de mim ironicamente

Brunna: Não. Não estou falando de você- ela saiu do meu colo e sentou do lado

Eu: Você tá falando do Yury que eu sei. Você ainda gosta dele?- perguntei

Brunna: Ai Best- ela olhou para o lado- eu gosto mas não sei como explicar. Não consigo perdoar ele, não tão fácil assim

Eu: É, ele vacilou legal com você. E ele nem ficou com a Bianca

Brunna: É, acho que você me disse isso. Agora vem cá, nem falamos das duas aí em- ela bateu no meu braço

Eu: Quem? Da Gabriela e da Alice?- perguntei

Brunna: É... to falando das duas sim. Eu vi a Alice quando ela tava no colo da Babí. Ela tá linda, tá a sua cara Best

Eu: Todo mundo fala isso- ri

Brunna: Convencido- ela riu também-. Eu acho que já vou Best

Eu: Espera, eu levo você- me levantei

Brunna: Não não, eu pego um táxi aqui em frente Best

Eu: Tem certeza?- perguntei

Brunna: Tenho sim, claro que tenho- ela pegou as malas

Eu: Tudo bem então- liguei para a central de táxi e pedi um

Ficamos conversando do lado de fora e o táxi chegou, demorou uns 10 minutos para chegar. À ajudei com as malas e me despedi dela. Deixei pago o táxi. Voltei para casa e fiquei assistindo TV.

Depois a Gabi ficou comigo na sala. Ficamos assistindo um filme, se beijando, nos acariciando e dormimos durante a tarde toda no sofá. Acordei escutando o choro da Alice. Olhei para a janela já era noite. Me levantei, deixei a Gabi dormindo no sofá e fui para o quarto. Peguei a Alice no colo, fiquei acalmando ela. A Vic veio no quarto e pegou ela também

Eu: Vem cá- ela tava com a Alice no colo-, você tava até agora no quarto

Vic: Kléber dá para parar de querer saber da minha vida?- ela gritou

Eu: Ei Vic calma, eu não quero saber da sua vida, do que você faz toda hora. Só quero cuidar de você

Vic: Acontece que você tá sempre perguntando o que eu vou fazer, aonde eu vou e isso tá me enchendo o saco já- ela respondeu

Eu: Só quero cuidar de você maninha- sorri-. Você é minha irmã mais nova e que tive menos contato durante minha vida toda

Vic: Não, tudo bem Kléber. Eu também tava sendo impaciente com você. Me desculpa... maninho?

Eu: Boba, claro que te desculpo- sorri

Vic: Alice quer Gabi- ela me deu a Alice no colo

Eu: E como você sabe?- perguntei

Vic: Porque ela tava aqui procurando meu peito- ela riu

Eu: Atá- eu ri também-. Vou levar ela lá embaixo

Vic: Tá- ela ficou segurando nas minhas costas e ainda rindo

Desci as escadas e sentei no sofá com a Alice no meu colo. Chamei a Gabi que ainda dormia.

Eu: Gabriela- fiquei cutucando ela

Gabriela: Oi- ela abriu os olhos-. Kléber?

Eu: Alice quer você- sorri

Gabriela: Atá- ela ficou sentada no sofá e deitou a Alice no seu colo e deu peito para ela-. São que horas Kléber?

Eu: - olhei no relógio-. WOW- gritei-, são só quase dez horas da noite

Gabriela: Nossa, dormimos muito

Eu: Pois é. Tava pensando, que tal agente fazer alguma coisa que agente faria quando éramos mais novos, quando éramos adolescentes amanhã

Gabriela: E agente ainda num é?- ela perguntou

Eu: É verdade né?

Gabriela: Pois é- ela deu uma risada

Eu: Mas temos um pouco mais de responsabilidade. Então, vamos para a praia?- perguntei

Gabriela: Ah, mas tá muito calor e quente para a Alice ir

Eu: Eu vejo se minha mãe fica com ela... não minha mãe não, ela amanhã trabalha. Agente dá um jeito. Vai eu e você apenas

Gabriela: É? Nossa filha dormiu

Eu: Deus, que dorminhoca- eu ri

Subimos e a Gabi colocou a Alice no berço. Tomei meu banho e deixei a Gabriela tomando o dela quando saí do quarto.

Gabriel: Opa, to indo- ele tava descendo as escadas com a Vic

Eu: Já é cara- apertei a mão dele-. Vic fecha tudo aí porque já to indo dormir

Vic: Tudo bem então Kléber.

Eu: Boa noite aí maninha- voltei para o quarto e deitei na cama

A Gabi saiu do banho e deitou na cama do meu lado. Eu olhava pra cima

Gabriela: Tá tudo bem Kléber?- ela me perguntou

Eu: É, tá... mais ou menos

Gabriela: O que aconteceu?

Eu: Nada não- respondi

Ficou tudo em silêncio o quarto. Deixei a luz mais fraca, para não ficar tão claro

Eu: Eu te amo sabia?- perguntei

Gabriela: É?- ela me olhou com as sobrancelhas levantadas

Eu: Também gosto do seu olhar, quando você me olha desse jeito, quando você sorri, do seu beijo- me aproximei- ou seja, gosto de você- a beijei

Ficamos se beijando na cama. Fiquei sobre ela, acariciando ela e ela me acariciando. Fomos esquentando os beijos, ficamos se enrolando na cama

Gabriela: Hum...- ela parou o beijo e respirava ofegantemente- eu te amo também- ela sorriu

Eu: Que bom minha linda- comecei a desabotoar a sua blusa

Agente ficou beijando um ao outro, esquentando as coisas e aconteceu o que ia acontecer. Transamos. Ficamos satisfazendo um a vontade do outro, dessa vez não havia esquecido a camisinha- risos- e ficamos lá no quarto por algumas horas.

Eu: Ai...- fiquei deitado do lado dela

Gabriela: Que foi Kléber?- ela me olhou

Eu: Nada não Gabi, já estávamos a algum tempo sem fazer né

Gabriela: Eu em, tem nem um mês- ela riu- e temos que ter cuidado tá Sr. Kléber?

Eu: Tá, tá bom minha linda- dei um beijo nela

Gabriela: Acho que eu vou dormir- ela colocou a roupa e deitou na cama denovo

Eu: É, também vou- coloquei a sunga-. Boa noite amor

Gabriela: Boa noite Kléber. Te amo meu amor- ela me deu um selinho

Eu: Também te amo

Virei para o lado, fechei os olhos, e dormi.